Na tarde desta terça-feira, 10, a deputada Rosinha da Adefal, juntamente com a Bancada Feminina da Câmara dos Deputados, se reuniu com a Presidente do STF, Ministra Cármen Lúcia.

Durante a reunião discutiram sobre os altos índices de casos de violência contra a mulher registrados no Brasil. No ano passado uma em cada três mulheres sofreram algum tipo de violência. A cada hora 503 mulheres sofrem algum tipo de agressão física. 

A deputada Rosinha da Adefal fez questão de lembrar que os índices são ainda maiores com as mulheres que possuem alguma deficiência, devido à dupla vulnerabilidade, e que justamente por isso elas têm medo de agir. A parlamentar comentou que, fora o medo, muitos casos nem são contabilizados pela dificuldade em relatar a violência, por exemplo a falta de intérprete de libras nas delegacias.

Segundo dados do Censo 2010, realizado pelo IBGE, observou-se que 26,5% da população feminina (25,8 milhões) possuíam pelo menos uma deficiência. “As mulheres são as mais frequentes vítimas de violência física, sexual e verbal. Quanto mais comprometedora for à deficiência, mais vulnerável será a vítima”, comentou Rosinha.

Rosinha defendeu e cobrou à fiscalização na aplicação da Lei Maria da Penha, pois “são inúmeros os casos em que as mulheres adquirem uma deficiência ou ficam gravemente feridas em razão da violência e do abuso sofrido”, afirmou ao comentar sobre o caso da própria Maria da Penha que deu o nome a Lei, que ficou paraplégica em razão da violência praticada pelo próprio marido.

Justiça pela Paz em Casa

A ministra Cármen Lúcia falou da campanha “Justiça pela Paz em Casa”, idealizada por ela em 2015, e que tem como objetivo promover ações focadas no combate à violência doméstica, ampliando a efetividade da Lei Maria da Penha (Lei n. 11.340/2006).

Durante a campanha os Tribunais de Justiça de todo o país irão realizar um trabalho concentrado para julgar casos que envolvam violência ou grave ameaça à vida das mulheres.