Atualizada às 16h13
Após as denúncias feitas por pacientes acusando o médico José Carlos Brêda Macedo que supostamente teria molestado sexualmente mulheres que estiveram em atendimento na Unimed, o filho do acusado disse nesta quarta-feira, dia 11, que o pai se encontra internado e que a família irá se posicionar por meio de um advogado.
Ao ser questionado sobre as denúncias o filho em nenhum momento negou as acusações e foi enfático ao afirmar que a resposta será dada por meio de advogado.
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Medo e constrangimento
O que era pra ser apenas uma consulta médica de rotina se tornou o início de um processo doloroso, traumático e constrangedor para a advogada de 29 anos, Maria, nome este fictício. No início desta semana, uma jovem denunciou em redes sociais que havia sofrido abuso sexual praticado por um médico. Ao ver a postagem, Maria entrou em contato com a vítima e constatou se tratar do mesmo profissional.
Até o momento já foram identificadas sete vítimas, porém segundo as jovens acreditam que outras mulheres devam ter passado pelo mesmo abuso e não denunciaram por medo ou vergonha, disse Maria.
Segundo contou à reportagem do CadaMinuto, a advogada estava com um mal estar de trato respiratório e foi até o Hospital Unimed. Ao chegar lá foi atendida pelo médico José Carlos Brêda de Macedo.
“Inicialmente ele pediu para eu tirar a blusa apalpou meu peito, me auscultou e em seguida pediu para eu tirar a parte de baixo de minha roupa e ele comentou que estava fazendo um estudo e o exame poderia ser feito pela estimulação da vagina e coleta das secreções, nesse momento percebi que havia algo errado e não permiti que a coisa seguisse em frente”, revelou Maria.
A jovem destacou ainda que o médico perguntou o que ela fazia e ao dizer que era advogada sentiu que José Carlos demonstrou também um certo desconforto, talvez por se tratar uma pessoa instruída e com conhecimentos da legislação, comentou Maria reforçando ainda que saiu muito assustada com a abordagem do profissional.
Em seguida umas colegas mostraram a postagem de outra moça numa rede social onde ela descreveu o caso sofrido por outra moça e ao entrar em contato com ela descobriu que se tratava do mesmo médico e a abordagem era semelhante.
Fiquei chocada ao ouvir o relato da moça que descreveu como o médico agiu chegando a colocar os dedos na vagina dela enquanto com a outra mão acariciava a vagina e a barriga dela, descreveu Maria.
"Já fiz denúncia no Conselho Regional de Medicina e também fiz um Boletim do Ocorrência. Infelizmente algumas pessoas se retraem quando um comportamento desse vem de um médico, mas segundo informações de colegas que conhecem José Carlos ele exerce a profissão por diversão”, concluiu a advogada.
A assessoria de Comunicação da Unimed informou por meio de nota que após ter tomado conhecimento da notícia, está adotando as providências administrativas cabíveis para apurar os fatos relatados. Desde já se coloca à disposição das autoridades para colaborar na apuração do caso e reforça que condutas como as que foram descritas são contrárias aos valores defendidos e praticados pela instituição.