O diretor-presidente da Agência Municipal de Regulação de Serviços Delegados (Arser), Ricardo Wanderley, saiu em defesa da instalação dos pardais eletrônicos por parte da Prefeitura Municipal de Maceió. De acordo com Ricardo Wanderley qualquer questionamento em reação a contração de empresa para a instalação desses pardais, é “requentar notícias”.

Ricardo Wanderley – que já ocupou a procuradoria-geral da Prefeitura de Maceió – concedeu entrevista ao programa Frente a Frente, com a jornalista Goretti Lima, da TV Assembeia.

Ele defendeu a instalação dos pardais eletrônicos e frisou que se houve “travas jurídicas”, que levaram à suspensão após parecer do Tribunal de Contas do Estado de Alagoas, “todas foram superadas”. “Houve a determinação de suspender o contrato, mas foi revista após a prefeitura prestar as informações”.

O diretor-presidente reconheceu que podem existir falhas na melhor sinalização desses pardais, o que causou revolta em muitos motoristas que foram surpreendidos pelas multas, mas destacou a existência de estudos para determinar as velocidades. “Quem anda de forma correta não tem o que temer”, frisou.

Ele ainda classificou a instalação dos pardais como uma ação de “coragem” do prefeito Rui Palmeira (PSDB). “É uma coragem de tomar uma atitude antipopular, como foi a tomada na implantação da faixa-azul. Então, quão dura vida de que tem que administrar para a maioria e não para sítios. O prefeito foi uma figura destemida porque leva adiante políticas que trazem perdas do ponto de vista político (junto à opinião pública)”.

A polêmica dos pardais tem repercutido na Assembleia Legislativa do Estado de Alagoas após críticas de diversos parlamentares, entre eles, o líder do governo de Renan Filho (PMDB), deputado estadual Ronaldo Medeiros (PMDB). Os parlamentares questionam a quantidade de multas e o que vem sendo arrecadado pelo Executivo por meio da Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito (SMTT).

Ao falar da sinalização, Ricardo Wanderley destacou a necessidade de “aperfeiçoamento”. “Mas, a Prefeitura tem ouvido a população. Nós temos um acompanhamento direto e a resposta vem. O debate tem que ser contributivo e de defesa do direito. Se eu não tenho a sinalização bem-feita, tem que ter. Boa parte da velocidade permitida nas vias é oriunda do Código de Trânsito e teríamos a obrigação de saber, mas não é por isso que o município deve se furtar de sinalizar. Toda ação de trânsito tem que ser mais educativa que repressiva. E a sinalização é crucia. Mas, toda implantação demanda o aperfeiçoamento”, destacou Ricardo Wanderley.

Segundo ele, o objetivo da Prefeitura sempre será mais educativo que punitivo. Ainda que sem apresentar dados, o diretor-presidente defendeu que já houve redução de vítimas fatais no trânsito e concluiu: “aparentemente parece algo ruim (a presença dos pardais), mas traz um ganho incomensurável”.

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