Líder do governo na Assembleia Legislativa (ALE), o deputado Ronaldo Medeiros (PMDB) denunciou na tarde desta terça-feira, 15, o que classificou de ‘indústria da multa” e “epidemia de pardais” na capital. Ele disse que, conforme dados da própria Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito (SMTT) de Maceió, 130 mil multas foram aplicadas somente no primeiro semestre deste ano.

No mesmo período do ano passado, a SMTT aplicou 52 mil multas e, em 2015, foram 40 mil, representando um aumento de cerca de 150% entre o primeiro semestre de 2016 e os seis primeiros meses de 2017.

 “E a SMTT ainda diz que não há indústria de multa... No fim do ano devemos chegar a 400 mil multas aplicadas... Isso é um assalto, a prefeitura quer se sustentar através disso aqui”, criticou, se referindo ainda à quantidade de pardais instalados nas vias da capital.

“A gente anda em Maceió hoje e só vê pardal e buraco... Aonde que Maceió tem esses acidentes que justifiquem isso? Onde a gente consegue correr em Maceió? Isso é para surrupiar o dinheiro do maceioense... Somos a capital dos pardais, a capital das multas. Isso é ruim e não devemos aceitar essa arbitrariedade”, desabafou.

Em aparte, o deputado Bruno Toledo (PROS) defendeu a aplicação das multas, destacando que elas têm a função de preservar vidas: “Se há multas é porque houve infração... Não vi nenhuma acusação de fabricação de multas. Se há infração, a multa é importante, é um controle”, justificou.

Também em aparte, Inácio Loiola aproveitou para chamar a atenção acerca do descaso da prefeitura com as praças públicas da capital. Ele também frisou que os investimentos realizados nas vias públicas não correspondem com a arrecadação gerada por essas multas.

Isnaldo Bulhões cobrou que a Prefeitura de Maceió se pronuncie oficialmente para justificar para a sociedade o volume das multas, segundo ele, “espantoso” incompatível com a realidade local.