A maioria da bancada alagoana votou pela permanência do presidente Michel Temer (PMDB) no cargo. Temer contou com os votos de apoio dos deputados federais Arthur Lira (PP), que chegou a se manifestar anteriormente destacando o poio ao chefe do Executivo federal e descredenciando as denúncias; Cícero Almeida (PMDB), Marx Beltrão (PMDB), Maurício Quintella (PR).
O tucano Pedro Vilela esteve ausente da votação.
Os demais parlamentares - Givaldo Carimbão (PHS), João Henrique Caldas, o JHC (PSB) e Ronaldo Lessa (PDT) - votaram “não”, ou seja: pelo prosseguimento da denúncia.
Marx Beltrão e Quintella já eram votos previsíveis. Afinal, são ministros do governo de Michel Temer e deixaram o ministério para hipotecar o apoio ao mandatário da República.
Outro voto que chamou atenção foi o de Cícero Almeida. O deputado federal - que é um forte aliado do senador Renan Calheiros (PMDB) e do governador Renan Filho (PMDB) - optou por ficar fora da briga entre os “Renans” e Temer.
Calheiros tem sido o mais ferrenho opositor ao presidente, mas Almeida destacou que seria um ato de covardia votar contra Temer se os ministros alagoanos estão ajudando o Estado. Em seu voto, mesmo sem citar os nomes, Cícero Almeida elogiou Maurício Quintella e Marx Beltrão.
No mais, Paulão repetiu a cantinela do golpe e criticou a gestão de Temer. Carimbão quase confessou um “voto de pobreza”, ao dizer que depois de três décadas de vida pública tem um carro de 2010 e mora em um apartamento financiado.
Ronaldo Lessa avaliou que os argumentos de quem votou “sim” - afirmando que isto não anula a denúncias, mas apenas faz com que Temer passe a ser investigado quando deixar o mandato - não faz sentido, pois seria deixar o presidente roubando até concluir seu governo.
O fato é que, por serem os últimos a votar, os deputados federais alagoanos já não mudariam o quadro em nada. Michel Temer já havia vencido na Câmara de Deputados quando o primeiro alagoano - Arthur Lira - assumiu o microfone para proferir seu voto.
No final, Temer permanece no cargo por decisão da maioria dos parlamentares. A Câmara barrou a denúncia. Foram 263 votos favoráveis ao presidente contra 227.
Além de Pedro Vilela, outros 18 deputados federais também estiveram ausentes. Houve duas abstenções e um parlamentar se encontra licenciado.
Diante da decisão da Câmara, Temer fica mais tranquilo para adiantar a agenda do Executivo no paramento federal.
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