Quase oito meses depois de receber a denúncia, o Supremo Tribunal Federal colocou para andar o processo que envolve o senador Renan Calheiros (PMDB) em uma denúncia de peculato. O acórdão do recebimento da denúncia, constituída pelo relatório e os votos do ministros, deve ser publicado no Diário da Justiça no próximo mês, após o ministro Celso de Mello concluir a revisão do voto proferido em dezembro do ano passado. 

Renan Calheiros tornou-se réu por peculato por decisão de 8 votos a 3. O senador peemedebista é acusado de desviar recursos públicos de verbas indenizatórias do Senado Federal, por meio da contratação de uma locadora de veículos. O fato é de 2005. Os ministros aceitaram a denúncia apresentada pela Procuradoria Geral da República, mas rejeitaram as acusações de falsidade ideológica e uso de documento falso. 

Após a publicação do acórdão, Renan Calheiros terá cinco dias para se defender. O processo contra Calheiros teve início em 2007, quando o senador foi acusado de receber propina da construtora Mendes Júnior. Na época, o peemedebista se viu em um escândalo político onde se viu obrigado a renunciar a presidência do Senado para não perder o mandato. 

As investigações iniciaram e apontaram para a suspeita do uso de malversação verbas indenizatórias para pagar pensão. O fato é que Renan Calheiros apresentou notas fiscais emitidas em nome da empresa Costa Dourada Veículos, no total de R$ 89.600. Porém, a Anelise dos extratos bancários da empresa e de Renan Calheiros não confirmou o efetivo pagamento desses valores. 

A defesa de Renan alegou que o pagamento foi feito em espécie. O senador já se disse tranquilo em relação a esse processo e falou em confiança na Justiça. Claro: não significa que Renan Calheiros seja culpado. 

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