Recentemente estive no Sertão. É um novo mundo transformado depois de anos de estiagem severa. Morros e planícies estão tomados por um verde vivo. São imensas as plantações de milho, feijão e belas pastagens.
Chuva é riqueza e o Sertão agora comemora. Ela mata a fome, alegra, alivia e traz esperanças para todos. Tanto isso é verdade que o governo de Alagoas já anuncia que teremos uma excelente safra de grãos.
Porém, as chuvas também trazem problemas. Em fase final de construção e sendo utilizada, embora ainda não tenha sido inaugurada, a rodovia que liga os municípios de Mata Grande e Água Branca já apresenta buracos.
A população começa a criticar o governo de Alagoas. Culpa a qualidade do asfalto “tão fininho que não aguentou o retorno das chuvas”. É bom o governador Renan Filho ficar atento. Uma obra não tão grande, mas fundamental e desejada para a região, não pode conter erros, principalmente numa época em que praticamente todos os políticos estão sob suspeição.
Já em Maceió, onde chove ininterruptamente desde maio, os condutores de veículos sofrem com o excesso de buracos nas ruas e avenidas, uma tradição que existe há décadas. A única solução possível seria refazer todo o asfalto da cidade. Mas isso é absolutamente inviável por conta do alto custo.
Ao prefeito do momento cabe tapar buracos. Mas isso só pode ser feito em dia de sol, o que tem sido raro nos últimos dois meses. O pavimento molhado não dá aderência ao asfalto utilizado na operação porque precisa estar aquecido.
Caso fizesse isso (tapar buracos sob chuva), o prefeito Rui Palmeira estaria dando ouvidos aos críticos que tentam culpá-lo por essa situação. O dinheiro público, que é nosso, estaria sendo desperdiçado, vazando pelo ralo e caindo nem DEUS sabe onde.
Portanto, que o inverno permaneça satisfatório e construa ‘riqueza’. E que os gestores citados cuidem bem das obras e dos recursos públicos que estão e que serão investidos por conta dos imensos benefícios e de algumas dificuldades que o inverno proporciona.