O ex-presidente Lula não foi surpreendido com a decisão do juiz Sérgio Moro de condená-lo. Tanto que já tinha preparado um roteiro de ação após a decisão judicial. Na coletiva desta quinta-feira, na sede do PT, em São Paulo, Lula anunciou que será candidato em 2018, mas antes disso já vinha conversando com lideranças políticas de outros partidos.

Foi o caso do governador de Sergipe, Jackson Barreto (PMDB), com quem se reuniu e defendeu a união das forças progressistas em torno de um projeto para tirar o Brasil da crise, mas garantindo os direitos e conquistas do povo.

 Lula também pediu ao aliado histórico que seja candidato ao Senado em 2018. Segundo Jackson, o ex-presidente avalia que “um governo progressista irá necessitar mais do que nunca de um Congresso Nacional que apoie decisões que beneficiem o povo”.

Foi desse roteiro que Lula anunciou que fará uma visita aos estados do Nordeste, em agosto, talvez até de ônibus. Será o início da campanha eleitoral com o lema “Nenhum Direito a Menos”. Ele também costura com outros aliados na região, inclusive, claro, de Alagoas.

O discurso político que o ex-presidente quer construir e apresentar com antecedência será sobre unidade nacional, força política, maturidade e experiência para vencer a intolerância e o ódio que dividem o país.

Ele também vai defender que o povo não é problema e que a saída é o mercado de massas, investimento regional e programas sociais.

Tais questões estão sendo elaboradas para criar um programa que será apresentado a nação por Lula. Trará ainda temas como: reformas trabalhista, agrária e política, o diálogo sobre a democratização da mídia, a superação do presidencialismo de coalizão, para evitar que fique refém do conservadorismo e atraso do parlamento.

Esses são os pontos do roteiro. O desenvolvimento e a conclusão do filme vão depender de aspectos jurídicos, policiais, políticos, econômicos e sociais que rondam a política brasileira.

Portanto, o final é imprevisível.