Após a aprovação do Senado, nesta terça-feira (11), do texto-base da reforma trabalhista, a reportagem do Cada Minuto entrou em contato, nesta quarta-feira (12), com o presidente da Federação das Indústrias do Estado de Alagoas (Fiea), José Carlos Lyra que defendeu a proposta afirmando que a aprovação da reforma é um passo para o país voltar a crescer. Entretanto, a Central Única dos Trabalhadores (CUT) repudiou a proposta e disse ser um retrocesso na política da relação do trabalho.

Para o presidente, a modernização das leis trabalhistas é uma necessidade e é fundamental para o setor produtivo. “É muito estranho saber que alguns senadores ou políticos que sejam contra a reforma. A reforma não é do Temer, mas sim para o setor produtivo do Brasil”, comentou.

José Lyra também ressalta que a reforma não prejudica aos trabalhadores. “O único ponto que prejudicou é com relação à contribuição compulsória sindical. Eu acho que devia ser de cinco anos, sendo 20% por ano, porque daria tempo dos sindicatos se organizarem e pensariam em outras receitas. Não há nenhum empresário que seja contra a reforma”.

Um dos secretários do Central Única dos Trabalhadores (CUT), Izac Jacson disse que a categoria é contra a Reforma Trabalhista. “É um retrocesso na política da relação do trabalho, onde ultrapassa os limites da terceirização e prejudica as categorias de uma forma geral”, disse.

De acordo com Izac, as categorias serão fragilizadas devido ao seu tipo de organização que defende o oposto do que a Reforma pede. “Concordamos com o fim do imposto sindical, já que não houve um avanço. Mas as terceirizações vão dificultar a geração de empregos, a relação patrão e emprego serão danificados e a defesa de direitos está sendo extinta”, finalizou.

Reforma Trabalhista

O Senado aprovou, nesta terça-feira (11), o texto-base da Reforma Trabalhista. Com três senadores representando a bancada alagoana, dois deles, Renan Calheiros (PMDB) e Fernando Collor (PTC) votaram contra a proposta da reforma. Entretanto, Benedito de Lira (PP) votou a favor. Ao todo, foram 50 votos favoráveis, 26 contrários e uma abstenção.

Enviado pelo governo no ano passado, o projeto muda trechos da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e prevê pontos que podem ser negociados entre empregadores e empregados.

A negociação prevalecerá sobre a lei em pontos como flexibilização da jornada, participação nos lucros e resultados, intervalo de almoço, plano de cargos e salários e bancos de horas, parcelamento das férias.

Visto que foi aprovada pelo Senado, agora segue para a sanção do presidente Michel Temer.

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*estagiária