Ao lado de representantes da ONU Habitat, um dos braços da Organização para habitação e assentamentos urbanos, o governador Renan Filho lançou, nesta terça-feira (04) o programa Vida Nova nas Grotas. A expectativa é que as ações sejam executadas em todas as 76 grotas da capital até o ano que vem e sejam investidos R$ 30 milhões.

O Vida Nova nas Grotas será uma plataforma de Governo que integra o organismo internacional e todos os órgãos da administração direta e indireta, viabilizando uma ação que vai além da mobilidade urbana e infraestrutura, buscando a melhoria da qualidade de vida dos moradores dessas comunidades também pela inclusão produtiva, social e financeira, contemplando a sustentabilidade e o acesso ao esporte e à cultura.

 “A partir de hoje lançamos o programa Vida Nova nas Grotas. Desde o início do governo lançamos o programa Pequenas Obras, Grandes Mudanças, que acabou crescendo e alcança pela mobilização da comunidade na capital e hoje com a parceria da ONU iremos aumentar o escopo do programa, dar a ele um caráter mais social e aproximar de quem mais precisa”, disse Renan Filho.

De acordo com o governador, o programa pretende chegar até o fim de 2017 a outras 40 grotas e em 2018 o objetivo é realizar obras e outras intervenções em mais 36 grotas da capital. “Já aplicamos R$ 15 milhões em obras complexas, em locais íngremes, de difícil acesso. Esse tipo de iniciativa mostra o pioneirismo desse projeto. Alagoas está buscando com criatividade elementos para driblar essa crise. O projeto chegará a todas as grotas. Temos uma grande demanda para levar para outras cidades. Estamos trabalhando para consolidar na capital para levar para outras cidades”, destacou.

Muitas grotas da capital apresentaram vários problemas com o grande volume de chuvas registrado no final de maio e também nos últimos dias. Os deslizamentos de barreiras mataram oito pessoas e deixaram várias famílias desabrigadas. Questionado sobre a responsabilidade da prefeitura na falha de investimentos nas grotas para evitar deslizamentos e outros transtornos, o governador preferiu não responsabilizar ninguém.

“Não quero dizer que falhou a, b ou c, falhou todo mundo. E não foi só na grota. Um dia desses um cidadão me perguntou por que 18 meses para construir o Hospital Metropolitano. Eu disse que há 50 anos não se começa um novo hospital. Também falhou em saúde, falhou em mobilidade. Mas sem querer achar culpados, eu acho que deve cada um fazer a sua parte e eu sinto que nesta hora o governo faz a parte dele”, completou.

*Colaboradora