Durante a audiência que discutiu a situação da criminalidade na Casa de Tavares Bastos, o deputado estadual Gilvan Barros Filho (PSDB) deu um “chute” no politicamente correto para defender as ações das instituições policiais no Estado. Ele ainda reclamou dos exageros dos discursos midiáticos e ideológicos que criminalizam a corporação em virtude de um erro cometido por um policial.
Segundo ele, policial que erra deve ser devidamente punido, mas não se pode generalizar e criminalizar uma instituição que tem um trabalho árduo no combate direto à criminalidade. “Não se pode combater criminalidade com flores”, destacou o deputado tucano. “É muito difícil fazer segurança pública em qualquer estado brasileiro. É uma missão árdua. E eu tenho certeza que os que representam essas instituições buscam fazer essa missão em Alagoas”.
“Não é fácil ir às ruas para cumprir o juramento e em um momento complexo, de uma abordagem policial, o agente da segurança pública está ali com medo de atingir o bandido e futuramente responder a uma prisão”, complementou. De acordo com Gilvan Barros Filho, para se ter segurança pública tem que haver o apoio às forças policiais. “Não adianta dobrar a quantidade de efetivo e esses mesmos policiais não terem o apoio para cumprir a sua função. Todos sabem que bandido não respeita a polícia. O que bandido respeita é a força policial”, explicou.
Segundo o parlamentar, muitos policiais deixam de agir por incutirem um discurso de uma parcela da população que criminaliza a ação dos agentes da segurança pública relativizando e colocando-o em “pé de igualdade” com o criminosos. “Quando o policial sai para defender a população, e muitas vezes a própria vida, ele está ali para fazer um julgamento rápido e tomar uma decisão em fração de segundos. E se ele, caso venha a tomar a decisão errada, pode sim ser punido”. Porém, o parlamentar defende que é preciso analisar os casos levando em conta a ação que o policial teve que tomar para conter o crime.
“Muitas vezes ele está defendendo a vida dos outros e a própria vida. E independente da situação, alguns querem incriminar o policial esperando que ele sempre trate o bandido com flores. Bandido tem que ser tratado como bandido. Não pode em hipótese alguma ser tratado como alguém que não comete crimes. Até porque o bandido para tirar a vida de um policial não pensa duas vezes”, frisou.
Barros ainda destacou que não se pode confundir o que ele diz como uma autorização para o policial agir como queira. “Claro que o policial não pode sair por aí matando. Isso não”, salientou, ao dizer que o policial que erra tem que responder pelo erro. “Porém, há momentos onde a força é necessária. Quando for preciso, o policial tem que agir sim. O criminoso tem que ser preso e levado para o presídio. É o lugar dele”.
Ainda durante a audiência, o deputado estadual Bruno Toledo (PROS) voltou a defender a revogação do Estatuto do Desarmamento. Ele destacou que a “segurança pública é privativa da competência estatal”, mas não é onipresente e onisciente. “É preciso garantir o direito do cidadão à legítima defesa. Pois, está mais do que claro que o Estatuto foi um erro. Em Alagoas, tínhamos 17 homicídios por 100 mil habitantes. Hoje, são mais de 60. A taxa de elucidação de crimes no país é de 8% e isto estimula a impunidade e temos o cidadão de bem desarmado”.
Toledo ainda ironizou com os discursos que relativizam o conceito de “cidadão de bem”. “Há quem relativiza, mas o cidadão de bem é aquele que cumpre a lei, que segue as regras e que se submete à ela para ter seu direito. O bandido não cumpre lei alguma. A diferença é clara”, destacou ainda.
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