Em uma audiência pública na Assembleia Legislativa de Alagoas, que discute a situação da criminalidade do Estado, o delegado e vice-presidente da Associação dos Delegados da Polícia Civil, Robervaldo Davino, foi enfático ao analisar a situação da instituição a qual faz parte: “A Polícia Civil está destroçada”.

Davino reconheceu que houve uma redução da criminalidade em Alagoas por diversos fatores, como - inclusive - a maior presença da Polícia Militar nas ruas. Mas, segundo ele, não se pode esquecer a situação da Polícia Civil. 

“A Polícia Civil, no dia de hoje, não tem 40% do seu efetivo. Em 2003, o efetivo era de 2000 homens. Hoje, são 1.600. Nós temos hoje 123 delegados na Polícia Civil, mas são 121, pois um é presidente da Câmara de Maceió e o outro está afastado por problema de Saúde. O Estado precisa de 193 delegados. O cidadão quando chega à delegacia quer encontrar o delegado, mas tem bandido que tem mais entrada em delegacia que o delegado. E delegado não recebe hora extra”, frisou. 

Segundo Davino, a equipe também está destroçada por falta de efetivo. “Sei que não é uma realidade só de Alagoas, mas há a necessidade de se contratar mais gente. Os problemas da violência aumentaram e precisamos admitir delegados, agentes para que possamos fazer um trabalho de melhor qualidade para atender o cidadão”. 

Davino reconheceu que há um esforço por parte do governador Renan Filho (PMDB) e que este é visível nos resultados. “O nosso governador tem feito a parte dele. Conseguiu pagar os salários em dia, o que é obrigação, mas muitos não estão conseguindo”, finalizou. 

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