O governo de Alagoas tem um contrato ‘no mínimo suspeito’ com uma empresa terceirizada para executar os serviços de limpeza e conservação e atividades de apoio administrativo nas dependências da Perícia Oficial de Alagoas nos institutos da capital alagoana e do interior, que funciona em Arapiraca, na Região Agreste. Os valores do contrato estão publicados no Diário Oficial do Estado (DOE).

O contrato de emergência 004/2016 foi firmado junto à empresa WFS construções Ltda. inscrita no CNPJ 17.746.646/0001-15 e estabelecida a Rua Barão de Atalaia, 280, Centro de Maceió, para prestação de serviços com sessão de mão de obra em prol da Perícia Oficial de Alagoas (POAL) por um período até 180 dias no valor total de R$ 2.454.530,10, sem possibilidade de prorrogação.

O que vem revoltando os servidores da Perícia Oficial é o valor superfaturado dos seus vencimentos, já que pelo contrato o Estado paga a um motorista, por exemplo, valores entre R$ 3.333,36 e R$ 4.058,12 o profissional do volante recebe apenas R$ 1.232,00, conforme comprovado na imagem do demonstrativo postada abaixo.

O mesmo ocorre em outras funções como maqueiro, copeira, assistente administrativo, lavador de veículos ou servente de limpeza, onde os valores pagos pelo governo estão, no mínimo, 100% maiores do que o contracheque do servidor da função especificada em contrato. Com isso o Estado gasta duas ou até três vezes mais para ter o mesmo serviço antes feito com mão de obra de servidores concursados e/ou contratados, mas com salários generosamente menores.

A denúncia é anônima, mas os dados do DOE e a cópia do demonstrativo (se verídico) indicam que existe (ou existiu) superfaturamento.