Durante os bastidores do Conversa de Botequim – comandado pelo jornalista Plínio Lins – conversei com o prefeito Rui Palmeira (PSDB) sobre diversos assuntos. Durante a madrugada, por exemplo, publiquei as falas do prefeito em relação à questão da Zona Azul. Neste texto, trago o que chefe do Executivo municipal falou em relação à política.
Indaguei, inicialmente, se o prefeito pretende sair do PSDB. Nos bastidores já se fala da possível ida de Rui Palmeira para o Democratas, que é comandado pelo secretário municipal de Saúde, José Thomaz Nonô. Rui Palmeira negou que pense em mudanças.
“Toda semana me mudam de partido”, ironizou o prefeito. “Eu permaneço no PSDB e não tenho motivos para sair. Hoje nós temos um grupo de partidos como o Democratas, o PP, o PR, o PDT e o PROS. É um grupo forte e não há porque deixar o PSDB em função do processo eleitoral”, explicou Rui Palmeira.
Ao ser questionado – mais uma vez – se pretende deixar a Prefeitura de Maceió para se candidatar ao governo ou ao Senado, Rui Palmeira não descartou nenhuma das possibilidades, inclusive a de não ser candidato.
“Ano que vem a gente vai discutir isso. O momento é de manter o foco na gestão e na cidade. O ano é difícil do ponto de vista financeiro. Então, temos que buscar fazer o máximo para continuar prestando os serviços como a sociedade deseja. Seguir fazendo obras importantes com recursos próprios, lutar em Brasília pelos financiamentos, para começar as obras de grande porte. São obras importantes e este é o foco”, colocou.
Porém, Rui Palmeira externou o desejo de querer ser governador ou senador pelo Estado de Alagoas. “Quando eu me elegi deputado estadual percebi que na Assembleia Legislativa não me cabia e me candidatei a deputado federal. Claro que como político, eu quero chegar ao Senado e ao governo do meu Estado. Quero ser governador ou senador, mas o processo de 2018 a gente discute em 2018, pois não se serei candidato desta vez. Além disso, o PSDB tem bons quadros, como o prefeito de Arapiraca, Rogério Telófilo. O que a gente não pode é perder o foco na gestão”.
Segundo Palmeira, a avaliação do xadrez político tem que ser feita no devido tempo e “com a cabeça fria”. “O futuro vai dizer se isto será decidido em 2018 ou mais para frente, pois é claro que quero ser governador. Mas é preciso avaliar os momentos”, destacou.
AMA
Na entrevista, Rui Palmeira foi indagado por Plínio Lins se a redução dos recursos repassados à Associação dos Municípios Alagoanos (AMA) teve um caráter político, em função de a entidade ser comandada por um prefeito do PMDB – Hugo Wanderley (Cacimbinhas) – que é muito fiel ao governador Renan Filho (PMDB) e ao senador Renan Calheiros (PMDB).
Rui Palmeira negou. “A gente tem buscado cortar tudo que é possível. A AMA tem que aprender a sobreviver com estes cortes, pois a situação dos municípios não é boa e os prefeitos sabem disso. No ano passado, repassamos R$ 1,3 milhão à AMA. É muito dinheiro. Então, tivemos que cortar. Não é uma questão política, mas uma questão financeira e orçamentária mesmo. O problema é falta de dinheiro”.
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