Não creio que haja forças para isso, ainda mais sendo o senador Renan Calheiros (PMDB) o exímio enxadrista que é, mas os burburinhos correm por Brasília e foram registrados pela coluna dos jornalistas Marcelo de Morais e Andrezza Matais (Estadão): há uma insatisfação de peemedebistas com a atuação do senador alagoano no Congresso Nacional.
São peemedebistas que cogitam mudar a liderança do PMDB na Casa. Ou seja: tirar Renan Calheiros desse papel. Hoje, não há correlação de forças. Os “aliados” de Calheiros dizem que o senador atua em benefício próprio, inclusive nas negociações com o Palácio da República para a indicação de cargos, como ocorreu recentemente em relação ao Ministério dos Transportes.
Calheiros foi atendido após os embates com o presidente Michel Temer (PMDB). É que o senador alagoano buscou uma “agenda positiva” ao fazer duras críticas a Temer e com isto saiu, ao menos temporariamente, dos holofotes da Lava Jato ao bancar o “opositor”. Porém, em entrevista à imprensa local, Renan Calheiros negou rompimento com Temer. Se há algo que Renan Calheiros sabe fazer é navegar com um pé em cada barco.
O mais recente “combate” de Renan, nos bastidores políticos, se deu com o ministro Maurício Quintella Lessa (PR). O peemedebista ganhou. Luiz Otávio Campos – nome de Calheiros – passa a comandar a Secretaria de Portos com total autonomia. Quintella manteve o silêncio e a discrição.
No xadrez político local, Quintella e Renan Calheiros estão em campos opostos. Maurício Quintella Lessa é um dos fortes aliados do prefeito Rui Palmeira (PSDB). O chefe do Executivo municipal pode disputar o Senado ou o governo do Estado. Na primeira opção, bate de frente com Renan Calheiros. Na segunda, parte para o confronto com o atual governador e candidato à reeleição, Renan Filho (PMDB).
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