Em uma lista publicada pela ONG Conselho Cidadão para a Segurança Pública e Justiça Penal, neste mês de abril, a cidade de Maceió saiu da posição das 15 cidades mais violentas do mundo, com base nos dados do ano de 2016. O dado tem sido comemorado pelo governador do Estado de Alagoas, Renan Filho (PMDB), que tem distribuído a informação por meio da rede social do Whatsapp.

Quem ocupa a primeira posição é Caracas (Venezuela). Porém, entre as 50 cidades, aparece a capital alagoana e outras 18 cidades brasileiras. Ou seja: ainda há muito que fazer para sair dos altos patamares de violência. Não por acaso, este é um assunto que ainda tem dominado os debates na Casa de Tavares Bastos, como ocorreu na semana passada, quando o tema foi puxado pelo deputado estadual Dudu Holanda (PSD).

Na lista das 15 primeiras, além de Caracas, estão Acapulco (México), San Pedro (Honduras), Distrito Central (Honduras), Victória (México), Maturín (Venezuela), San Salvador (El Salvador), Ciudad Guayana (Venezuela), Valencia (Venezuela), Natal (Brasil), Belém (Brasil), Aracaju (Brasil), Cape Town (África do Sul), St. Louis (EUA) e Feira de Santana Brasil (Brasil).

É de chamar atenção Venezuela e Brasil “competirem” para saber quem tem mais cidades entre as 15 primeiras. Por sinal, no caso da Venezuela, eis mais um reflexo da falência do socialismo que ainda encanta os românticos de plantão por pura ignorância ou má-fé. É possível dizer que no Brasil, também.

Além disto, a falência do Estatuto do Desarmamento. As campanhas de desarmamento no Brasil e na Venezuela não evitaram esse estrago e até contribuíram.

No caso de Maceió, segundo a ONG, a cidade está na 25ª posição. A capital alagoana lá se encontra por 529 homicídios em 2016. Uma média de 51,78 assassinatos por 100 mil habitantes. É algo assustador.

Renan Filho está correto em chamar atenção para o dado? Sim. Mostra o resultado positivo, apesar de ainda não se ter o que comemorar. Já elogiei aqui a política de segurança pública do governo do Estado e volto a fazer.

Em que pese pudesse ser melhor, como abandonar o discurso falacioso do desarmamento civil por meio da Secretaria de Prevenção à Violência e seu desnecessário ônibus do desarmamento, há uma mudança de postura em relação ao policiamento ostensivo que foi adotada pelo ex-secretário Alfredo Gaspar de Mendonça. É o correto não relativizar e combater o crime chamando bandido pelo nome, e valorizando e passando confiança aos bons policiais.

Falta muito em relação às políticas preventivas e a própria valorização das policias (e aqui falo dos bons policiais). Mas, o ex-secretário deixou uma filosofia de fácil entendimento quando esteve no comando da pasta. Todavia, ainda há muito que ser feito e o governador sabe disto.

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