O prefeito de Maceió Rui Palmeira (PSDB) é a principal estrela dos tucanos no cenário eleitoral. Não há o que negar. Diante da possibilidade do confronto com o PMDB do senador Renan Calheiros e do governador Renan Filho, Rui Palmeira é o “coringa” no tabuleiro político. Pode ser candidato ao governo do Estado confrontando Renan Filho na busca pela reeleição; ou pode partir para disputar o Senado e ser um nome a atrapalhar o futuro político de Renan Calheiros.
Não é por acaso que o PMDB concentra artilharia em Rui Palmeira. O prefeito tem inimigos externos, mas também tem as falhas da própria gestão, que possui seus pontos criticáveis, sobretudo neste segundo mandato. Porém, é sim um rival forte e que ameaça. A questão é que – dentro da própria prefeitura, segundo uma fonte muito próxima a Rui Palmeira – há quem enxergue a possibilidade de um acordo entre o ex-governador Teotonio Vilela Filho (PSDB) e o senador Renan Calheiros. E aí, o futuro político de Rui não ficaria em suas próprias mãos, já que Vilela é o manda-chuva dos tucanos.
Assim, não está descartado um “plano B”: a saída de Rui Palmeira do ninho tucano. Quem se encontra de portas abertas para receber o prefeito, caso isto ocorra, é o Democratas do secretário municipal de Saúde, Thomaz Nonô. Nonô – que foi vice-governador de Vilela – viu, nas eleições de 2014, o cavalo passar selado. Poderia ser candidato ao governo e não foi. Poderia ser candidato ao Senado e não foi.
Caso Rui Palmeira migre para o Democratas, Nonô ganharia força para se candidatar a aquilo que Rui Palmeira não se candidatasse. Por exemplo, se Rui fosse para o Senado, Nonô colocaria seu nome para o governo. Se Rui fosse para o governo, Nonô colocaria seu nome para o Senado. A tese é defendida como “plano B” por alguns amigos de Rui Palmeira que querem vê-lo candidato custe o que custar.
Do lado da Prefeitura, o tabuleiro do xadrez político conta com vários nomes de caciques para o Senado Federal. No PP, há o nome do senador Benedito de Lira; no PROS, aparece José Pinto de Luna, no PDT, tem o deputado federal Ronaldo Lessa. A questão é conjugar interesses. Rui Palmeira segue uma “esfinge”. Não fala em 2018 e diz que a palavra de ordem é “aguardar”.
Estou no twitter: @lulavilar