Conversei com o presidente municipal (Maceió) do PDT, Daniel Luiz Maia de Melo, sobre os planos do PDT para o ano de 2018, já que o nome do deputado federal Ronaldo Lessa (PDT) foi posto – em recente pesquisa do Instituto Paraná – como um dos possíveis postulantes ao cargo de senador.

De acordo com Melo – que é secretário de Esportes da administração do prefeito Rui Palmeira (PSDB) na cota do PDT – há a possibilidade de Ronaldo Lessa ser candidato ao Senado pelo grupo político encabeçado pelos tucanos.

“Não há nada descartado. O PDT quer que ele seja candidato ao Senado. Agora, ele pertence a um grupo político. Ele não pode é ser candidato de si mesmo. Mas o PDT vai apresentar o nome de Lessa”, afirma.

Segundo o secretário, esta é uma possibilidade que o PDT enxerga, mas nenhum quadro está descartado. Por exemplo: se Rui não for candidato ao governo do Estado, o nome de Ronaldo Lessa pode ser apresentado à chapa para esta missão. “Agora, é um cenário mais difícil. Nossa preferência é o Senado. O governo depende de uma série de conjunturas”, afirma Melo.

O PDT deve apresentar Lessa como uma opção no próximo dia 28, quando realiza um congresso estadual com a presença do presidenciável Ciro Gomes (PDT).

Por sinal, na pesquisa do Instituto Paraná, Lessa aparece como líder. O número anima o PDT. O ex-governador e atual deputado federal teria, segundo o Instituo Paraná, 35% das intenções de voto. Por sinal, o grupo político de Rui Palmeira tem motivos para comemorar. Já que o segundo colocado desta pesquisa é o ex-governador Teotonio Vilela Filho (PSDB), com 27,8% dos votos.

A questão é que para haver a dobradinha Lessa e Vilela, ficaria de fora o senador Benedito de Lira (PP), que é aliado de Rui Palmeira, e já disse que pretende a reeleição. A outra curiosidade é que o tucano e o pedetista fariam uma aliança no mesmo bloco político após terem rivalizado a disputa pelo governo em 2010.

Quando Vilela se elegeu governador pela primeira vez – em 2006 – tinha o apoio de Lessa. Mas, na sequência (em 2007), os dois romperam. Desde então, o PDT era ferrenho opositor dos tucanos. Lessa chegou a disputar uma campanha para prefeito contra Rui Palmeira, mas foi impedido na reta final pela Justiça Eleitoral. Rui conquistou ali seu primeiro mandato de prefeito.

A aproximação entre Lessa e os tucanos veio anos depois, já às vésperas da reeleição de Rui Palmeira. São as voltas que a política dá. E se Benedito de Lira ficar de fora? Eis a equação que o grupo dos tucanos terá que trabalhar.

Na pesquisa, do lado rival, o senador Renan Calheiros (PMDB) aparece na terceira posição, com 25,1%. Praticamente um empate técnico com Teotonio Vilela Filho.

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