Um dos candidatos à presidência da União dos Vereadores do Estado de Alagoas, o vereador por Murici, Anízio Amorim (o Anizão) do PMDB, classificou - em recente entrevista à imprensa - a eleição da entidade como um embate entre tucanos e peemedebistas.

Por sinal, em entrevista a este blog, o dirigente tucano Claudionor Araújo havia chamado atenção para uma "hegemonia do PMDB" em função dos espaços que o partido já ocupa na política alagoana. Todavia, a frase de Anizão incomodou o ninho do PSDB, mesmo havendo um certo sentido no que é dito pelo edil de Murici.

Em conversa com o blog, Claudionor Araújo disse que "Anizão não sabe o que fala". "Essa não é uma luta partidária e sim de classe. É uma luta de vereadores que se sentem abandonados pela entidade que deveria representá-los", diz ainda Araújo.

O dirigente confirma o empenho do PSDB na busca pela vitória do vereador de Pão de Açúcar, Diomedes. Porém, coloca que esta quebra da hegemonia peemedebista - pelo discurso que levanta - não é apenas uma questão do tucanato, mas de outras lideranças. É o que se subentende.

"Os vereadores que agora vão resgatar a UVEAL, vão torná-la, de direito e de fato, defensora intransigente desses que são os mais legítimos representantes do povo e que não são reconhecidos como tais", rebate.

Claudionor Araújo é duro na crítica: "O Anizão deveria dar explicações aos seus amigos de chapa que ele abandonou na última hora cedendo à imposição da cúpula do seu partido. A oposição, agora unida, liderada por Diomedes, vai ganhar a eleição e construir uma nova Uveal".

O PMDB unificou os grupos em torno de uma chapa liderada pelo vereador de Arapiraca, Fabiano Leão. Para justificar as alianças, o discurso assumido por Anizão é da unidade peemedebista, o que partidarizaria o confronto e seria um primeiro ensaio dos dois principais grupos opositores de Alagoas.

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