Comentei, em um texto passado, sobre as questões que envolvem a eleição da União dos Vereadores do Estado de Alagoas (UVEAL). Desde que o ex-vereador e atual prefeito de Cacimbinhas, Hugo Wanderley (PMDB) deixou o comando da entidade – após um longo período de presidente – que os grupos se formam para tentar ganhar a eleição.
Mas, os questionamentos sobre o processo eletivo são tantos que existe o risco de judicialização, como confirma um dos candidatos: o vereador por Murici, Anízio Amorim, o Anizão (PMDB). No dia de ontem, 06, ele esteve reunido com o atual presidente, que é o vereador Fabrício Faustino. Mas, a reunião foi infrutífera.
“Eu fiz uma proposta e espero que até o final desta semana se resolva tudo”, destacou o vereador. Segundo ele, o presidente é um “homem sensato”. Todavia, não deixa de mandar o recado: “não creio que ele vá conduzir a eleição da forma como se encontra”.
De acordo com Anizão, um dos problemas é o tamanho exigido das chapas. “São 69 nomes dentro de um colegiado que ninguém sabe quem está ou não apto para votar. Ou seja: se torna impossível montar a chapa. Isso torna a eleição impraticável. Em cada uma das 10 subseções regionais são cinco nomes. O outro problema é não saber quem vota e quem não vota. É tudo muito nebuloso. O processo está nebuloso”, colocou Anizão.
O vereador por Murici diz que ou “se chega a um consenso” sobre o processo eleitoral, ou então “terei que ajuizar”. Indaguei qual proposta ele teria levado a Faustino: “Eu propus que ele fizesse uma resolução extraordinária e propusesse ao Conselho de Presidentes de Câmaras. Assim se garante uma eleição sem problemas. Ou é isto, ou a solução é entrar na Justiça. Caso isto não ocorra até o final da semana, eu vou entrar com um mandato de segurança. Mas, eu acredito que o Faustino encontre um caminho para evitar essa sangria”.
A eleição está marcada para o dia 25 próximo. Além de Anizão, há outros candidatos como os vereadores Tayronne, Diomedes Rodrigues, André da Téo e Valmir Filho. Nunca a UVEAL foi tão disputada, já que Hugo Wanderley “governava hegemonicamente”.
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