Em entrevista ao blog da jornalista Vanessa Alencar, o deputado estadual Francisco Tenório, que é do PMN e não do PMDB, foi quem demonstrou em público a importância da reunião dos peemedebistas com o senador Renan Calheiros (PMDB) para acalmar as coisas na Casa de Tavares Bastos.
Há muito de verdade no que Tenório fala.
Afinal, há insatisfação dos parlamentares governistas com o Executivo. Eles reclamam de ausência de “espaços” na gestão do governador Renan Filho (PMDB).
Tenório não usa palavra “insatisfação”, mas diz com todas as letras que “quem se predispõe a estar na base vai querer ter mais espaço no governo, que os deputados até hoje não têm tido: o fato real é esse”.
Como as interlocuções com Renan Filho não estavam surtindo efeito, o senador Renan Calheiros – que tem total interesse em sua reeleição ao Senado Federal e na reeleição de seu filho ao Executivo estadual – entrou em campo.
Renan Calheiros se reuniu ontem com os parlamentares do PMDB. Como já disse aqui: a reunião foi tida como produtiva. O que diz Francisco Tenório? Eis: O senador alagoano “começou a fazer política”.
“Ele estava ocupado apagando incêndios em Brasília, e hoje está mais tranquilo, tem mais tempo e está começando a se dedicar mais as suas bases, até porque está chegando o final do mandato e é um ano pré-eleitoral”. Se Calheiros está mais tranquilo, eu não sei. Porém, fora da presidência do Senado ele terá mais tempo e nisto Tenório está corretíssimo.
Renan corre contra o tempo e contra determinadas situações imprevisíveis também. Para quem gosta de ter o controle de tudo, um imenso desafio. Para quem pensa em política 24 horas por dia, um imenso desafio também.
Por isto que Renan pai é um reforço para Renan filho na construção da relação entre Executivo e Legislativo. Tenório não esconde: a aproximação de Renan Calheiros do parlamento estadual significa um melhor relacionamento da Assembleia com o governador.
O primeiro sinal disto: a discussão para se ocupar as comissões na Casa atenderão aos interesses dos deputados, mas sem ferir os interesses do governo. Nada de deputado estadual metido a opositor na Comissão de Constituição e Justiça, por exemplo.
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