Mais uma fase da Lava Jato coloca o nome do senador Renan Calheiros (PMDB) em evidência. Desta vez, a 38ª fase da Lava Jato, teve como alvo os operadores financeiros Jorge Luiz e o filho dele, Bruno Luz. Ambos, conforme a Polícia Federal, são intimamente ligados ao núcleo duro do partido do presidente da República, Michel Temer.
Os mandados expedidos contra eles são de prisão preventiva, mas os acusados estão fora do país e já se encontram na lista de procurados pela Interpol. A fase leva o nome de Blackout e teve 15 mandados de busca e a apreensão expedidos.
As defesas dizem o seguinte: 1) o presidente nacional do PMDB, Romero Jucá nega que os envolvidos possuam relação com o partido e diz que nunca foram autorizados a falar pelo PMDB; 2) e o líder do PMDB no Senado Federal, Renan Calheiros diz que conhece o acusado, porém não fala com ele há 25 anos.
Eis o que diz Renan Calheiros em nota: "O senador Renan Calheiros (PMDB-AL) reafirma que a chance de se encontrar qualquer irregularidade em suas contas pessoais ou eleitorais é igual a zero. O senador reitera ainda que todas as suas relações com empresas, diretores ou outros investigados não ultrapassaram os limites institucionais. Embora conheça a pessoa mencionada no noticiário, não o vê há 25 anos e que não possui nenhum operador”.
Para a PF, os dois procurados são facilitadores na movimentação de recursos indevidos pagos a integrantes das diretorias da Petrobras. São acusados de corrupção, fraudes em licitação, evasão de divisas e lavagem de dinheiro.
Onde Renan Calheiros entra na história? Bem, tem a ver com a delação de Nestor Cerveró. O ex-diretor da área Internacional da Petrobras disse, ao juiz Sérgio Moro, que Renan Calheiros recebeu propina de dinheiro desviado da Petrobras por meio de Jorge Luz.
Eis o trecho: “O Jorge Luz era um operador dos muitos que atuam na Petrobras. Eu conheci o Jorge Luz, inclusive nós trabalhamos, também faz parte de uma propina que eu recebi, que faz parte da minha colaboração na Argentina. E foi o operador que pagou os US$ 6 milhões, da comissão. Da propina da sonda Petrobras 10.000, foi o Jorge Luz encarregado de pagar ao senador Renan Calheiros”.
Não é denúncia nova contra Renan Calheiros, mas apenas mais desgaste político de sua imagem.
O senador de Alagoas, como das outras vezes, nega! Alega sua inocência.
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