A ex-prefeita Sânia Tereza e seu ex-esposo Alessander Leal continuam presos acusados pela morte do médico e ex-vereador do município de Anadia Luiz Ferreira de Souza, desde setembro de 2011. Alessander Leal senta no banco dos réus nesta quinta-feira (16), juntamente com Tiago dos Santos Campos e Ewerton Santos Almeida, apontados como autores materiais.
Enquanto a defesa contesta as provas levantadas pela acusação, familiares pedem a condenação dos envolvidos. A reportagem do CadaMinuto conversou com irmã do ex-vereador Luiz Ferreira e também com o advogado de defesa dos réus, Raimundo Palmeira antes do julgamento.
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Assistente social aposentada, Maria Lúcia de Souza recorda os últimos momentos de vida do irmão e não consegue conter as lágrimas ao relatar o crime, que classificou como bárbaro.
"O meu irmão era uma pessoa de grande relevância para nossa família e para sociedade. Era um professor de grande expressão, um médico cirurgião e hoje se pode ver o que é perder um médico, como era Luiz. Ele salvou muitas vidas, mas não conseguiu salvar sua própria. Foi vítima de um crime bárbaro, praticado por um psicopata que arquitetou tudo isso, junto com sua mulher, contratando bandidos. Foi um crime de pistolagem e isso tem que acabar em Alagoas".
Lúcia reforça a tese apresentada pelo Ministério Público Estadual (MPE/AL) sobre queima de arquivo, afirmando que Luiz Ferreira havia denunciado um esquema de corrupção presente na prefeitura de Anadia. "Isso tornou uma ameaça contra ela (Sânia). Luiz ia se candidatar e era uma pessoa muito querida, por isso ela teria que o eliminar e tirar do seu caminho".
Sânia segue em prisão domiciliar aguardando o julgamento de um recurso impetrado por sua defesa no Superior Tribunal de Justiça (STJ). Mesmo apontados como os mandantes do crime, o ex-casal alega inocência e leva um álibi para serem inocentados das penas pedidas pela acusação.
*Colaboradora