A palavra reajuste tem sido bem discutida nesse início de ano não somente nos orçamentos familiares, como também nas despesas públicas, e o piso nacional dos professores foi um desses temas. Apesar de o Governo Federal ter anunciado que o piso terá aumento de 7,64% em 2017, o Sindicato dos Trabalhadores da Educação em Alagoas (Sinteal) garante que é prematuro alguns gestores afirma que não terão condições de cumprir.

O aumento representa incremento de 1,35% acima da inflação acumulada de 2016, que foi de 6,29%, passando em valores reais para R$ 2.298,80. Conforme dados do Sinteal, em Alagoas a grande maioria das prefeituras cumpre e paga o piso salarial, todavia nem todas cumprem o ajuste salarial dos docentes acompanhando a ascensão de carreira.

Para a presidente da entidade Maria Consuelo, “essa situação de ficar afirmando que não irão cumprir o pagamento do piso é muito prematura. O que temos ainda é uma previsão orçamentária, que necessita passar por um planejamento”.

Segundo ela, o aumento do piso depende da análise de alguns fatores ligados a Educação, como o número de alunos matriculados na rede, a evasão escolar e outros pontos. “E diante disso, alguns prefeitos, em nome de uma crise, afirmaram já que não terão condições de cumprir piso. Isso é muito complicado, pois quando é para classe trabalhadora não existe dinheiro para nada”.

O reajuste proposta pelo Governo Federal é considerado pela classe dos professores como o menor já reajustado desde quando a categoria conquistou a implantação do piso, classificado como um retrocesso.  

Já para o presidente da Associação dos Municípios de Alagoas (AMA), Marcelo Beltrão, o aumento no piso dos professores é um grande impacto nas prefeituras, assim como o aumento do salário mínimo.

“Eu defendo que o professor seja valorizado, mas não depende só do aumento do piso. Ele deve ser valorizado em condições melhores de trabalho, e o salário é apenas um dos pontos importantes. Os aumentos trarão um impacto forte na gestão, porque as prefeituras terão que deixar de fazer alguns investimentos para realizar os pagamentos”, explicou Beltrão. 

*Colaboradora