Insatisfeitos com a atuação do serviço de transporte Uber em Maceió, um grupo de taxistas realizou novo protesto na manhã desta terça-feira (24) no estacionamento de Jaraguá. Os trabalhadores querem chamar atenção das autoridades por conta dos prejuízos que a categoria vem sofrendo e por isso, ameaçaram fechar a Prefeitura de Maceió, o Porto e o Aeroporto Zumbi dos Palmares.

O grupo “União dos Taxistas”, que tem integrantes da capital e cidades vizinhas, reuniu cerca de 200 taxis no Jaraguá e tem duas reivindicações. Eles querem que os motoristas do Uber paguem os mesmos impostos ou a categoria dos taxistas tenham tributos reduzidos, bem como a liberação dos taxis lotação, podendo pegar passageiros nos pontos de ônibus.

Diante da dificuldade em obter qualquer uma das reivindicações, os trabalhadores pretendem chamar atenção e fizeram uma espécie de votação, para promover um manifesto em três pontos estratégicos da cidade.

A decisão foi interditar a entrada da prefeitura de Maceió, com o objetivo de agendar uma reunião com o prefeito Rui Palmeira. Caso não haja uma resposta rápida, os taxistas iriam se dividir em dois grupos, fechando o Porto de Maceió, no bairro de Jaraguá, e no Aeroporto, na divisa entre as cidades de Maceió e Rio Largo.

De acordo com um dos líderes do movimento, Divanildo Ramos, o manifesto é necessário para que se mude o atual cenário da classe taxista. “Nós queremos melhorias para a nossa categoria. Ou libera o taxi lotação ou que se coloque um padrão de igualdade para os taxistas e esses motoristas do Uber. Não dá para a gente pagar caro e cobrar um valor justo, enquanto eles não pagam imposto nenhum e coloquem o valor que querem e saem como serviço perfeito para os clientes”, reclamou.

A categoria tem 3.200 taxis rodando na cidade e que precisam pagar taxas mensais e anuais para prefeitura, Inmetro, que juntos chegam a casa dos R$ 700 mil por ano, enquanto cada trabalhador paga de INSS, um valor superior a R$ 1 mil.