Não raro tenho cobrado aqui a celeridade em relação aos inquéritos – oriundos da Operação Lava Jato – que envolvem o senador Renan Calheiros (PMDB). A impressão é que em alguns casos os inquéritos andam de Ferrari, em outros num fusquinha capenga.
Cobrar isto não é fazer prejulgamento, mas permitir que – em um Estado Democrático de Direitos – as coisas andem com a devida celeridade para que saibamos se tais figuras públicas cometeram ou não crimes, serão condenadas ou absolvidas. São culpadas ou inocentes diante das denúncias feitas e seus indícios.
Mas, é claro que não se trata apenas de Renan Calheiros.
Vejam só o caso do senador Fernando Collor de Mello (PTC). A coluna Radar – de Veja – lembrou muito bem lembrado que a denúncia contra Collor se encontra com Teori Zavascki desde 21 de agosto de 2015. Foi quando foram formalizadas as primeiras acusações.
Ainda não houve análise da denúncia que versa sobre o pagamento de R$ 30,9 milhões em propina. Collor alega inocência. Quem não se lembra das trocas de farpas com o procurador-geral da República, Rodrigo Janot? Um embate que pareceu novela!
O inquérito original já foi até aditado. Afinal, que se decida se Collor será réu ou não. É o que vale também para o senador Renan Calheiros e todas as demais figuras públicas deste dramalhão que é o maior escândalo de corrupção da República.
Estou no twitter: @lulavilar