Uma auditoria na folha de pagamento do município de Pilar detectou diversas irregularidades sobre a lotação de servidores concursados, que estavam remanejados ou afastados de suas funções irregularmente. A mesma apuração foi realizada em outros setores da antiga administração e apontam diversas irregularidades no serviço público.
Para ser ter uma noção do tamanho das anormalidades, um enfermeiro da cidade recebia mensalmente R$ 14 mil pelos plantões prestados no hospital. Outro residia no estado de Mato Grosso, recebia todos os meses seu salário, mas quem trabalhava em seu lugar era outra pessoa por meio de uma procuração.
O secretário de administração do município, Rodrigo Sarmento, relata que o desvio de função do município ocorre de forma geral e que a determinação do decreto é que todo servidor lotado em outro órgão volte ao seu posto de origem.
Além dos pagamentos, a situação dos prédios administrativos e do hospital de emergência da cidade tem deixado à população desabastecida. A unidade de saúde está fechada devido aos problemas estruturais e também a ausência de equipamentos necessários para os atendimentos.
Com o remanejamento dos servidores de diversas pastas, a Educação encontra-se com déficit de professores disponíveis para atuar dentro das salas de aulas. De acordo com a prefeitura, todo o material coletado através da autoria será encaminhado ao Ministério Público Estadual (MPE/AL) para que medidas cabíveis sejam adotadas.