Com a proximidade do fim do mandato de Renan Calheiros na presidência do Senado Federal, começam as especulações em Brasília (DF) sobre o futuro do senador alagoano durante o resto de sua permanência naquela Casa.
Uma coisa é certa: Renan Calheiros não vai querer estar longe do poder de comando, muito menos voltar a ser um “senador comum”. O peemedebista já está acostumado em ser um dos que movem o xadrez do poder no país.
Todavia, sabe que enfrenta problemas com os inquéritos oriundos das investigações da Operação Lava Jato, mesmo que – a todo momento! – alegue inocência. Pois, independente dos inquéritos estarem parado ou andarem, de serem arquivados ou seguirem em frente, de condená-lo ou absolvê-lo, a existência destes causa impacto político e interfere nos passos do senador alagoano.
Afinal, Renan Calheiros ministro também traz desgastes para o presidente Michel Temer (PMDB), que já tem os problemas que tem com a popularidade. Se Renan Calheiros trabalha para ser ministro? Bem, até então são apenas especulações.
O peemedebista sempre manteve o cauteloso silêncio em relação aos seus passos, como fez quando candidato à presidência do Congresso Nacional.
O peemedebista Renan Calheiros sempre trabalhou para ocupar espaços como se fosse uma indicação natural sua ascendência a eles. Faz parte do jogo político de Renan. No dia de ontem, cometei aqui no blog sobre a possibilidade dele ir para a liderança do PMDB (mesmo com a rejeição de alguns peemedebistas) ou de ter a Comissão de Constituição e Justiça como prêmio de consolo. São informações que circulam por Brasília.
Tudo se decide até o dia 1º de fevereiro, quando se afasta da cadeira de presidente.
Se Temer colocar Renan Calheiros como ministro da Justiça, que é o que se especula, vai enfrentar a revolta de parte da opinião pública. O presidente já lida, por sinal, com o desgaste que o atual ministro Alexandre de Moraes vem sofrendo. O peemedebista Renan Calheiros ocuparia a pasta com a preocupação de construir uma agenda positiva já de imediato.
Detalhe: uma agenda positiva para ele e para o governo peemedebista. Equação complicada.
Outro questionamento a ser enfrentado: com o país ter um ministro da Justiça que é investigado em 12 inquéritos oriundos da operação federal mais importante de todos os tempos: a Lava Jato. Soa como uma tapa na cara da sociedade.
Mas, vale lembrar: são apenas especulações. Não queiram saber o que passa a cabeça de Renan com os holofotes ligados. O senador não é chegado nisto.
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