O Arcebispo Metropolitano de Maceió, dom Antônio Muniz Fernandes,  engrossou o tom e afirmou que as comunidades terapêuticas em Alagoas não podem ser utilizadas como “massa de manobra ou propriedade para fins políticos”. Esses espaços são referências para tratamento de dependentes químicos. 

O religioso comentou, durante coletiva de imprensa nesta quarta-feira (04), as razões que levaram a igreja católica a publicar um decreto jurídico e canônico, que dispõe sobre a disciplina interna das comunidades terapêuticas.

 Segundo ele, algumas comunidades estavam sofrendo fortes influências de políticos, aos quais se resumiu apenas citar como deputados e deputadas. “Estava havendo ingerências dentro das comunidades terapêuticas e queremos o trabalho seja cristalino, sem que haja essa identificação”, disse dom Antônio.

No decreto, as comunidades que fizeram uma opção político-partidária e de poder, tornando-se subsidiárias, estão proibidas de usar o nome “católica” e beneficiar-se dos ritos católicos; consequentemente, seja retirada a presença do Santíssimo Sacramento e não mais sejam celebradas Santas Missas nessas Comunidades Terapêuticas, em todo território da Arquidiocese de Maceió.

De acordo com o Arcebispo, nem todas as comunidades terapêuticas adotaram a medida optando por continuar sofrendo essa influência partidária.