O Partido Novo é, até aqui, a mais recente sigla partidária do país. É natural que ainda desperte questionamentos em relação ao que se propõe. Afinal, num mar de tantas siglas e de tanta descrença na política e no establishment, como enxergar “mais um”? Porém, diante das ideias que defende, em sua primeira eleição teve êxito na eleição de vereadores. É esperar os primeiros resultados destes primeiros mandatos para comparar o dito com o feito.
Em Alagoas, mesmo já consolidado, não lançou candidaturas por conta de uma estratégia nacional que enxerga um crescimento planejado. Se o Novo ficou de fora do processo eleitoral alagoano em 2016, o mesmo não se dará em 2018, e a aposta é ousada. Ao que tudo indica, sem coligar, o Novo aposta no discurso da “renovação geral”. Mira na bancada federal.
Ao meu ver, o discurso não é eleger apenas candidatos do Novo, pois se sabe da impossibilidade disto. A ideia é plantar a semente de não reeleger ninguém da bancada e assim fazer deputados do Novo. O discurso é ousado por já afastar aí a possibilidade de coligações e apoios, bem como trazer a dificuldade da construção de uma proposta sólida sem políticos profissionais, mas com profissionais liberais - como frisa o Novo - que não façam parte do establishment. É algo, no mínimo, interessante de se observar.
A diretoria do Novo destaca - por meio de nota divulgada à imprensa - que para os políticos “andar pisando em ovos”, diante dos acontecimentos, como a Lava Jato e a descrença nos parlamentos e Executivos, se tornou uma questão de sobrevivência. Diante disto, se criou - na avaliação do partido - uma “realidade que leva a crer que estamos na era dos indecisos, porém decididos - aqueles cidadãos que não sabem em quem confiar, contudo, não admitem continuar sendo enganados por quem está há anos ocupando o lugar do povo, mas não os têm como prioridade. O povo quer novidade, e isso só é possível com a real mudança dos políticos que estão no poder”.
Com base nisto, o desafio: “E esse é exatamente o desafio do Partido Novo, renovar toda a bancada federal de Alagoas em 2018, colocando como representantes pessoas que não são políticos de carreira, mas que têm compromisso com o povo”, diz a nota.
“Já estamos trabalhando para renovar a bancada federal de Alagoas em 2018. Todos deverão ser ficha limpa, sem vinculo com a política atual, ter competência profissional no que fazem e ter capacidade de mobilização. Também deverão colocar a ética e a lei acima dos interesses pessoais, trabalhar pela eficiência dos serviços públicos, pelas reformas estruturais no país, pela redução do tamanho do Estado, da carga tributária, da burocracia, pelo fortalecimento do mercado, da iniciativa privada e das liberdades individuais.”, é o que afirma o líder do Novo em Alagoas, Tibério Júnior.
Fundado em 2011 por 181 cidadãos de 35 profissões diferentes, o Novo teve candidaturas nas cinco maiores cidades do país e elege vereadores em quatro localidades. O detalhe: o partido não permitirá às reeleições ao mesmo cargo para evitar o carreirismo, como explica Tibério Júnior. As pautas: a busca por reduzir o tamanho e as regalias do Estado e fortalecer a meritocracia, além de priorizar o mercado e o indivíduo.
“Procuramos por pessoas dispostas a colaborar com o crescimento de Alagoas; pessoas com habilidades e competências naquilo que fazem; pessoas dispostas a dizer não à corrupção e ao favorecimento; pessoas que possam ser alternativas à política que atrasa nosso estado; pessoas que saibam levar esse projeto acima dos interesses pessoais e, acima de tudo, que vivam em função da ética, tenham fé e que acreditem no resultado de um bom trabalho. Nós somos o Novo e vamos transformar o Brasil em um país admirado e próspero”, finaliza Tibério.
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