Atualizada às 11h01

Policiais civis deflagraram nova paralisação, nesta quinta-feira (15) com a finalidade de cobrar do Governo do Estado nova proposta para as negociações sobre piso salarial da categoria. Com o ato, apenas flagrantes serão lavrados nas delegacias de todo o estado.

Segundo o Sindicato dos Policiais Civis de Alagoas (Sindipol), a categoria não aprovou a última proposta apresentada pela Secretaria de Estado de Planejamento, Gestão e Patrimônio (Seplag), que previa piso salarial parcelado até 2018, incluso o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

Os policiais querem o reajuste do piso salarial de acordo com as categorias do nível superior da segurança pública de Alagoas, a revisão do Plano de Cargos, Carreira e Subsídios (PCCS), o pagamento de risco de vida e de insalubridade, o fim do desvio de função que é a custódia de preso, o plano de saúde mantido pelo Estado, entre outras coisas.

Segundo o presidente do Sindpol, Josimar Melo, a categoria quer com o ato de hoje sensibilizar o governo do Estado para negociar a questão salarial. “Nós queremos convencer o governador para apresentar outra proposta, já aquela foi rejeitada. A paralisação de 24h segue e estamos firmes aqui”, disse.

Além do ato com café da manhã na porta da Central de Flagrantes I, no bairro do Farol, a categoria realiza também mobilização em frente a Delegacia Regional de Arapiraca.

O Secretário de Planejamento, Christian Teixeira disse que foram realizadas sucessivas reuniões para o encontro de soluções junto ao Sindicato dos Policiais Civis (Sindpol) e o Governo de Alagoas tem demonstrado boa vontade em oferecer propostas efetivas e realizáveis. A Secretaria ressaltou que apesar da crise econômica tem priorizado o pagamento dos servidores e que apresentou três propostas aos policiais, que foram todas rejeitadas.

"O Governo de Alagoas tem tido uma relação próxima com o Sindpol, bem como com outras categorias. É nossa função, entretanto, acolher a todas as categorias profissionais dos servidores públicos do Poder Executivo, o que inviabiliza o atendimento exclusivo aos pleitos do Sindpol, que não tem se flexibilizado nas negociações.

Ao pleitear um piso inicial de R$ 3.062,00 para R$ 5.500,00, o que significaria um reajuste de 79,59%, o Sindpol não considera o atual momento de crise financeira em todo o País. Inclusive, durante o exercício de 2016, algumas classes da categoria chegaram a ter um incremento salarial de até 51% na folha de pagamento.

Em boa parte do País, servidores públicos de modo geral, até mesmo da Polícia Civil, têm feito paralisações para receber salários atrasados. Em Alagoas, o movimento é inverso, ao ponto de ser um Estado citado, a nível nacional, de forma positiva. Isso tem sido resultado do esforço de uma gestão comprometida com o planejamento e a responsabilidade, seguindo os pilares de ética, proximidade e transparência do Governo Renan Filho", completou Teixeira.