2017 não deverá ser diferente de 2016. É crise que segue. E não poderia ser diferente. O que começa errado dificilmente termina certo, ainda na mais quando se trata de política.
Quem imaginou que o PMDB fosse capaz de liderar o país após trabalhar pelo afastamento dos aliados petistas e da presidente Dilma só podia ser, na melhor das hipóteses, digamos assim, um louco bem intencionado.
Muito já se fala que Michel Temer e o seu grupo perderam as condições políticas de governabilidade por conta do recebimento de propina da Odebrecht, não conquistaram o apoio da população, e agora começam a enfrentar dificuldades com base aliada.
E como nesse estranho e específico mundo político brasileiro tem hora para entrar e sair do governo, o PSB é o primeiro partido a revelar que não descarta a hipótese de desembarcar em outro porto. Inclusive já existem posicionamentos sobre isso em alguns estados, caso do Rio Grande do Sul.
O presidente da sigla, Carlos Siqueira, diz que o partido vai obstruir a votação da admissibilidade da PEC da reforma da Previdência da Comissão de constituição e Justiça.
Afirma, ainda, que o partido decidiu não votar nada polêmico este ano e que o apoio ao governo nunca foi incondicional, embora a sigla tenha sido presenteada com o Ministério de Minas e Energia no acordão que afastou Dilma.
Ou seja, como as condições políticas para permanência de Temer na presidência da República estão se deteriorando, os ratos são os primeiros a buscar uma saída para sobreviver.
Os mesmos pequenos camundongos traidores de antes, de agora, e de sempre.
Vida que segue.