De acordo com a Coluna Labafero - aqui do site CadaMinuto - já se iniciaram movimentações de bastidores no grupo liderado pelo senador Renan Calheiros (PMDB) para ampliar alianças para o ano de 2018.

Um dos alvos a ser “cooptado” para a futura aliança seria o ministro dos Transportes, Maurício Quintella Lessa (PR). Se confirmada a informação, Renan Calheiros - hábil enxadrista que é - busca matar dois coelhos com uma única cajadada. Primeiro, esvaziaria a base de Rui Palmeira (PSDB), já que Quintella é um importante aliado do grupo, ainda mais diante do destaque que tem no governo o presidente Michel Temer (PMDB). Segundo ponto: o líder do PR em Alagoas pode ser candidato ao Senado Federal em uma chapa liderada pelos tucanos. 

Com isto, Renan Calheiros pode ter como tirar de cena um potencial rival. Não é a primeira vez que o peemedebista trabalha neste sentido. Quem lembra do processo eleitoral de 2010 sabe que Calheiros teria como rival o ex-delegado da Polícia Federal, José Pinto de Luna. Na época, Luna era do PT e surfava na popularidade da Operação Taturana, pois comandava a PF na época. 

Calheiros, com influência no PT de Alagoas, tirou Luna da disputa pelo Senado e o ex-delegado teve que se contentar com a disputa por uma das cadeiras da Câmara de Deputados. Terminou amargando uma suplência. Renan Calheiros foi eleito senador na segunda colocação. O mais votado foi senador Benedito de Lira (PP). Então, os olhares voltados ao futuro político de Quintella e suas pretensões para 2018 fazem sentido. Caso Quintella não seja candidato ao Senado, buscará renovar o mandato na Câmara de Deputados. Ele se encontra afastado do mandato em função do cargo de ministro. 

Mas Quintella não é o único aliado que interessa aos Calheiros. A Coluna também mostra que há uma tentativa de reaproximação com o deputado federal Ronaldo Lessa (PDT). Lessa era aliado do governador Renan Filho (PMDB), com o PDT ocupando pastas na atual gestão. Dentre elas, a do Trabalho. Mas, Lessa deixou a base do Executivo estadual para apoiar Rui Palmeira. Na Prefeitura de Maceió, o PDT tem duas secretarias. 

Renan Filho sabe que terá que recompor o grupo para as eleições de 2018. Ele é candidato à reeleição e deve enfrentar uma forte oposição por parte dos tucanos, caso Rui Palmeira se lance na disputa. Além disto, o governador perdeu em cidades importantes, como em Arapiraca, onde Rogério Teófilo (PSDB) foi eleito. 

O cenário ideal para Renan Calheiros seria uma “reconciliação política” com o ex-governador Teotonio Vilela Filho (PSDB), que pretende se candidatar ao Senado Federal. Os dois já fizeram dobradinhas anteriormente. O que preocupa Calheiros? Uma eleição difícil em que ele chegue com a imagem desgastada em função da Operação Lava Jato e os inquéritos envolvendo o seu nome. Renan Calheiros pensa em política 24 horas. Como diz a Coluna Labafero: o jogo já começou.

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