O Ministério Público Estadual (MPE/AL) arrolou 27 testemunhas para prestarem depoimento na audiência de instrução do processo principal que foi gerado após a "Operação Taturana", deflagrada em 2007 pela Polícia Federal. A audiência teve início na manhã desta quarta-feira (16) e dos réus do processo, apenas o conselheiro do Tribunal de Contas Cícero Amélio compareceu ao Tribunal de Justiça.

Logo no início, os juízes Helestron Costa e Joyce Araújo, integrantes do Núcleo de Improbidade Administrativa do Judiciário alagoano, decidiram ouvir os réus em outra data devido à ausência de algumas testemunhas. A defesa dos réus arrolou 11 pessoas para os depoimentos.

Cícero Amélio conversou com a imprensa, que mesmo impedida de acompanhar os depoimentos, esteve no prédio do TJ. “Espero que a verdade seja dita, pois me considero totalmente inocente dessas acusações”, se restringiu ele.

O promotor José Carlos Castro afirmou que com a presença das testemunhas, as provas apresentadas na investigação sobre o desvio de R$ 300 milhões dos cofres da Assembleia Legislativa de Alagoas (ALE) sejam confirmadas e o processo possa ter andamento.

Apesar de não serem ouvidos hoje, os réus Edival Gaia, Antônio Albuquerque, Cícero Amélio, Maurício Tavares, Cícero Ferro e Nelito Gomes de Barros, podem apresentar aos magistrados, justificativas para não comparecerem às audiências, o que podem resultar em dispensa ou não.

Uma nova data será marcada ainda hoje para o depoimento dos réus e das testemunhas que não compareceram.

O caso

A Operação Taturana, deflagrada em 2007, desbaratou um esquema envolvendo a Assembleia Legislativa de Alagoas (ALE). Segundo apurações da Polícia Federal e denúncias Ministério Público, os acusados tomavam empréstimos pessoais junto a financeiras que eram pagos com verbas de gabinetes ou pela Mesa Diretora. Estima-se que R$ 300 milhões foram desviados dos cofres públicos com o esquema.

 

*Colaboradora