A Associação Alagoana de Criadores de Cavalo Quarto de Milha (ALQM) reagiu, nesta quinta-feira (10), ao pedido de cancelamento da vaquejada do município de Palmeira dos Índios e enviou uma nota alegando que a medida pode prejudicar os trabalhadores envolvidos no evento e que dele retiram o sustento da família. O pedido foi ingressado pelo Ministério Público do Estado de Alagoas (MPE/AL), por meio da 3º Promotoria de Justiça do município de Palmeira dos Índios e da Defensoria Pública Estadual.

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Confira a nota da ALMQ na íntegra:

A Associação Alagoana de Criadores de Cavalo Quarto de Milha (ALQM) vem por intermédio desta informar que a prática da vaquejada não foi proibida. A decisão do SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL (STF) apenas se aplica ao estado do Ceará e ainda não foi publicada, com isso ainda cabe recurso. Qualquer medida judicial impedindo eventos dessa natureza no momento seria precipitada, ofenderia a ordem social, prejudicaria a população da cidade que promove a vaquejada e atentaria contra a dignidade de todos os trabalhadores envolvidos no evento e que dele retira o sustento de suas famílias.

Atualmente os conselhos de medicina veterinária dos Estados da Bahia, Pernambuco, Rio grande do Norte, Maranhão, Sergipe, Rio de Janeiro, Distrito Federal, Rio Grande do Sul, Piauí, Minas Gerais, Paraná, Goiás, Alagoas e Paraíba são favoráveis à prática da vaquejada. Hoje, utiliza-se protetor de cauda (não há fratura da cauda); é obrigatório colchão de areia no local da queda (não há lesão muscular e nem óssea dos bovinos), há comida e água para os bovinos durante toda a prova; o boi não pode ser tocado senão no protetor de cauda; não há utilização de choque elétrico.

Portanto, é evidente que não se trata de uma prática que cause qualquer dano ao animal. Tanto é assim que o Ministério Público de Pernambuco e o Ministério Público da Bahia já divulgaram recomendações para que as vaquejadas que ocorrerem nesses estados sigam esses parâmetros de segurança animal, podendo, desta forma, continuarem a ser promovidas sem maiores problemas.

Portanto, diante disto, a ALQM informa que encontra-se à disposição das autoridades, sociedade civil e qualquer pessoa que objetive se informar adequadamente acerca da prática da vaquejada, extirpando qualquer espécie de preconceito que venha a prejudicar toda uma coletividade que tem na prática deste esporte o sustento de suas famílias - em Alagoas são 11 mil empregos diretos e corresponde ao 11º setor da economia em geração de emprego.