Um levantamento feito pelo Instituto Paraná Pesquisa mostra que 69% da população rejeita a ocupação das escolas públicas em todo o país. O Instituto ouviu pessoas entre os dias 1º e 3 de novembro.
Um outro dado interessante reflete o que já venho comentando aqui neste blog: é preciso reconhecer que as pessoas possuem o direito de serem contrárias à PEC 241 e a Reforma do Ensino Médio. Devem ainda ter o direito de protestar e manifestar opiniões, mas não podem - com este pretexto - prejudicar a vida de milhares de alunos que querem aula.
Tanto é assim que as mobilizações pela desocupação dos prédios públicos começam a ocorrer em todo o país. Aqui em Alagoas, vimos isto em São Miguel dos Campos, Arapiraca, em Maceió e também na cidade de Girau do Ponciano. Afinal, são 84,2% da população que acredita que os estudantes devem desocupar as escolas, mas seguir com as manifestações de outras formas.
A pesquisa ainda traz reflexões interessantes. A maioria dos entrevistados - 66,1% - diz que há motivações e partidos políticos por trás das ações. Mais uma vez cito a situação de Girau do Ponciano, em que um dirigente do PT se fez presente orientando os estudantes, mesmo sem ser aluno ou professor.
E ainda há um dado que pode ser usado positivamente pelos manifestantes: 62,1% acreditam que os temas que eles escolheram são relevantes: a PEC 241 e a Reforma do Ensino Médio. Eles acham a discussão válida, só discordam dos métodos. É o que venho afirmando aqui.
Apesar da pesquisa ter sido feita apenas no Paraná, onde o movimento de “ocupações” ganhou mais força e significação política. Aposto que reflete o que pensa grande parte da população brasileira.
No caso de Girau do Ponciano, por exemplo, onde estudantes já se mobilizam em busca de aulas. Muitos já estudam buscar o auxílio do Ministério Público Estadual. Uma audiência foi marcada para a próxima quinta-feira.
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