O PMDB já começa a trabalhar o nome do substituto do senador Renan Calheiros (PMDB) na presidência do Senado Federal. O partido deve continuar no comando do Congresso Nacional. 

A questão é que a futura eleição deve ser afetada pela decisão do Supremo Tribunal Federal de proibir réus com ações penais na linha sucessória presidencial. 

Renan Calheiros - que responde a vários inquéritos na Operação Lava Jato - deixará a cadeira de presidente em fevereiro do ano que vem. A questão é que a maioria dos senadores do PMDB respondem a processos na Justiça. 

Sendo assim, um dos nomes que ganham forças hoje é o senador pela Paraíba, Raimundo Lira. Até aqui, um dos nomes que não virará réu. 

Lira tem tratado a questão como “especulação”, mas com a possibilidade do STF oficializar a decisão o quanto antes, que é o que facilitaria o seu caminho. O estilo de Raimundo Lira seria uma presidência bem diferente da “Era Renan”. 

Renan Calheiros - o hábil enxadrista - sempre soube usar o cargo para ampliar seus tentáculos e sua influência. Costurou acordos, como o que salvou os direitos políticos da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), ainda que para isto tenha rasgado a Constituição Federal. 

Fora do comando do senador, a partir de 2017, Renan Calheiros terá outros focos. Um deles é construir o caminho de sua reeleição. O outro, se livrar das dores de cabeça que a Lava Jato já trouxe e as que ainda pode trazer.

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