Já falei aqui sobre a situação das escolas que estão ocupadas no Estado de Alagoas. Falei da questão envolvendo a cidade de Delmiro Gouveia em postagem anterior, e hoje - por meio das redes sociais - o escritor Aurélio Schommer, autor de O Evangelho Segundo a Filosofia, traz uma situação que merece maiores esclarecimentos.
Ele mostra a situação de uma escola na cidade de Girau do Ponciano em que, conforme a foto que ele coloca na postagem, um dirigente do Partido dos Trabalhadores (PT) orienta o movimento dos estudantes. Com a palavra, o PT municipal daquela cidade. Afinal, o dirigente não se trata de um estudante. Qual o real interesse?
Lembrando que o dirigente do PT tem o direito a opinião dele, seja ela qual for. Não é esta a questão. Mas sim de indagar até onde vai esse envolvimento de partidos em determinadas “ocupações”?
“O segundo, sentado, da esquerda para a direita, foi candidato a prefeito pelo PT na mesma cidade, e também não é estudante. Reunindo um professor e um grupo de oito alunos, ocuparam a escola estadual Gilvan Barros, onde estudam centenas de alunos”, coloca Aurélio Schommer.
O escritor ainda complementa: “Esses alunos, os centenas que não estão na foto, estão revoltados. Não puderam fazer o Enem na escola. O ano letivo já está atrasado, por conta de uma greve. Agora, os estudantes que querem estudar não sabem como serão suas vidas no ano que vem. Já estão contando que perderão um ano de planos e projetos pessoais porque um pequeno grupo, orientado por dirigentes partidários, resolveu interromper o curso de suas vidas”.
Não se trata de ser contra ou favorável a PEC 241. Qualquer pessoa tem o direito de ser contra ou a favor de um projeto de lei e - em grupo - se associar em defesa deste ou daquele tema. Não é esta a questão. Mas sim as formas como estes protestos estão sendo organizados e como estão tirando o direito de pessoas, como ocorreu no caso dos que tiveram a prova do Enem adiada ou até mesmo naqueles que querem aula.
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