A derrota do ex-prefeito e deputado federal Cícero Almeida (PMDB) - confirmada pelas urnas neste domingo, dia 30 - reflete diretamente no grupo do presidente do Senado Federal, Renan Calheiros (PMDB) e do governador de Alagoas, Renan Filho (PMDB).
Como já colocou o ex-governador Teotonio Vilela Filho (PSDB) - que pretende disputar o Senado Federal, em 2018 - com a reeleição de Rui Palmeira (PSDB), o ninho tucano se prepara para montar uma chapa para disputar o governo do Estado.
Os nomes que podem encabeçar a disputa vindoura é o próprio Rui Palmeira ou o prefeito de Arapiraca, Rogério Teófilo (PSDB), nas palavras do próprio Vilela. O tucano-mor colocou os dois como nomes cotados para brigar pelo Palácio República dos Palmares. Claro, entre Rui e Teófilo, prevalece Rui.
É que o PSDB enxerga um enfraquecimento do PMDB. Mesmo que o partido de Renan Filho tenha eleito o maior número de prefeituras, perdeu em locais estratégicos, como Arapiraca, no Sertão e agora na capital.
Isto dá fôlego para o PSDB montar uma chapa em 2018 que dispute o governo com chances reais, e ainda abra espaço para dois candidatos competitivos na luta pelas duas vagas do Senado Federal. Um complicador para Renan Calheiros, que vai tentar a reeleição enfrentando os escândalos da Lava Jato.
Vale lembrar que no grupo político de Rui Palmeira se encontra o atual Ministro dos Transportes, Maurício Quintella (PR). Conforme os bastidores, Quintella mira no Senado Federal e não mais na Câmara, que é para onde foi eleito em 2014. Logo, são dois fortes postulantes ao senado no grupo: Quintella e Vilela. Não esqueçam que aí também se encontra o senador Benedito de Lira (PP). Terá ele interesse na reeleição?
A vitória de Rui Palmeira divide dois fortes grupos políticos em Alagoas. Não em relação a projetos, mas em lideranças. De um lado, Rui, Teotonio Vilela, o senador Benedito de Lira , o deputado federal Maurício Quintella, dentre outros. Do outro, Renan Calheiros, Renan Filho e seus aliados.
Há quem aposte que - com os palanques desmontados - Renan Filho consiga aliança política com 80 prefeituras e mantenha o grupo também bastante fortalecido. Mas a guerra de bastidores já começa...
Quem vai dar o tom é Rui Palmeira. Após as eleições, ele pode adotar um discurso reconciliador com Renan Filho, desarmando o palanque e deixando a disputa para mais adiante, ou permanecer alimentando as críticas que fez ao governador e ao senador Renan Calheiros durante a campanha. Aguardem os discursos...
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