Rui Palmeira (PSDB) levou a disputa pela Prefeitura de Maceió. O tucano obteve mais 59% dos votos válidos. O rival Cícero Almeida (PMDB) ficou com pouco mais de 40%. (Este post foi escrito quando 95% das urnas estavam apuradas). Todavia, para muitos eleitores, a opção foi: nem um, nem o outro! 

No entanto, um dado chama atenção nesta disputa: as abstenções, os votos brancos e nulos. Mais de 111 mil pessoas se abstiveram do processo eleitoral, o que mostra um elevado grau de insatisfação dos maceioenses com as candidaturas postas. 

É a crise de representatividade pela qual passa o país. Além destes, mais de 44 mil pessoas votaram nulo e aproximadamente 16 mil optaram pelo “branco”. Com isto são mais de 171 mil eleitores de Maceió que nem quiseram Almeida, nem Rui. 

Para se ter ideia este número é maior do que a votação obtida pelo segundo candidato, já que Almeida teve pouco mais de 154 mil votos. Rui Palmeira teve pouco mais de 230 mil votos. 

Se olharmos para a votação dos dois candidatos e refletirmos sobre o número de abstenções, brancos e nulos se percebe exatamente a crise de representatividade de nossa democracia.

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