Em Mata Grande, o vereador Júlio Brandão (PP) que reajustar o salário dos vereadores em 140%. Saindo de R$ 2,5 mil para R$ 6 mil. Claro que o absurdo aí não está nos cálculos do impacto financeiro disto, pois são apenas oito vereadores.
O absurdo está na intenção de legislar em causa própria desta forma em um país que tem 12 milhões de desempregados e vários servidores públicos brigando para ter no mínimo a reposição de uma inflação que atinge dois dígitos. É um tapa na cara da sociedade.
Mas, Brandão reflete o que pensa a classe política deste país: "farinha pouca, meu pirão primeiro". Em um momento de crise como esse, líderes deveriam dar o exemplo de austeridade e compromisso com a redução dos gastos públicos.
Além disto, eu fico a me perguntar sobre e o custo-benefício de um vereador de Mata Grande para a população. O duodécimo da Câmara lá é de R$ 128 mil. É o matagrandense pagando pelo Legislativo municipal que oferta o que em troca?
É a mesma pergunta que faço sobre o custo-benefício da Câmara de Maceió. Aqui serão R$ 58 milhões no ano de 2017. Claro que tudo isso para alguns terem ideias como barrar o avanço tecnológico querendo proibir o UBER, querer proibir que pessoas deem esmolas nas ruas, querer proibir armas de brinquedo, e fora uma outra série de entulho legal.
Sem contas as vezes em que vereadores resolvem mudar nomes de ruas e deixam os carteiros feito baratas tontas. Parabéns, Júlio Brandão...fico feliz que em um país com tanta crise e dificuldades financeiras você tenha um patrão tão amigável que atente os seus pedidos por força de lei e lhe garantirá quase R$ 4 mil a mais por mês. Com a maioria dos brasileiros é igualzinho, né não?
A matéria que mostra isso é da jornalista Luciana Martins, na Tribuna Independente.
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