O clima entre motoristas de UBER e alguns taxistas é motivo de preocupação no país inteiro. Aqui em Maceió, e no Estado de Alagoas, não seria diferente. Não entro nem na discussão sobre o modelo de transporte e regulamentação. Este seria outro papo e - quem acompanha as minhas postagens - já sabe que sou favorável ao UBER.

Não me incomodo de ter que tratar deste assunto em breve, como já tratei anteriormente ao tentarem proibir o UBER em Maceió. 

Entro aqui em outro ponto: o fato de a vida estar acima de tudo. Certos discursos de ódio e o estímulo a determinadas práticas, atentam contra a vida. Conversei recentemente com um motorista do UBER - que trabalha na empresa aos fins de semana - sobre o que ele vem passando ao levar passageiros para o Aeroporto do Zumbi dos Palmares. 

Ele relata que em uma das viagens foi rodeado por 20 taxistas que disseram com todas as letras: “quem for do UBER será agredido, intimidado e ameaçado”. Por pouco não houve - segundo o relato - o confronto físico ou a quebra do veículo. O passageiro, que estava com uma criança, saiu assustado. “Foi muito tenso”, relata. 

Já distante do lugar, o motorista do UBER começou a receber ameaças pelas redes sociais. Destaco a fotografia nesta matéria. Apesar do “Boa noite”, o recado: “não apareça no Aeroporto se não você vai se surpreender”. 

Bem, se há divergências e se estes taxistas alegam que há ilegalidade na chegada de veículos do UBER no Aeroporto Zumbi dos Palmares que busque as vias judiciais ao invés das vias de fatos. Não estamos em uma barbárie, mas em uma sociedade. O direito de ir à Justiça pertence a todos. Todavia, quem parte para a violência física e a intimidação talvez o faça por saber o tamanho exato da razão que possui. 

O inimigo do taxista é o Estado com o excesso de regulação que não permite uma concorrência mais justa. Aí, a briga é outra. É contra o Estado e por um melhor ambiente de negócios e empreendedorismo. Que a discussão exista onde ela deve ser tratava e não com "paus e pedras".

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