O Ministro dos Transportes, Maurício Quintella Lessa (PR), viajou para o Japão, ao lado do presidente Michel Temer (PMDB). De acordo com o próprio Quintella, o presidente, ministros e empresários japoneses discutem estratégias de fortalecer a presença destes últimos no mercado brasileiro. 

Conforme com o ministro, há - por parte dos japoneses - “otimismo em relação ao novo regime fiscal o Brasil e a retomada do nosso crescimento”. Ele ressalta que esta foi a marca do encontro em Tóquio. 

Todavia, o ministro foi abordado nas redes sociais ao declarar que “o governo Dilma levou a imagem do Brasil à lama, junto à comunidade internacional”. Quintela ainda seguiu na postura crítica: “Será preciso muito trabalho diplomático e reformas concretas para nosso país recuperar a credibilidade, confiança, segurança jurídica, crescimento, e volta a se interior no mercado novamente. Vamos à luta. Temos muito trabalho pela frente. O estrago foi grande”. 

A declaração de Maurício Quintella levantou questionamentos justos e legítimos. Afinal, Quintella foi o líder do PR quando o partido fazia parte da base aliada de Dilma Rousseff (PT). Um dos questionamentos foi feito pelo ex-candidato à Prefeitura de Maceió, Gustavo Pessoa (PSOL). 

“Com todo o respeito Maurício, mas o seu comentário é a prova cabal do quanto o sistema político brasileiro está deteriorado. O governo que segundo você jogou o Brasil na lama, é o governo o qual seu partido fez parte, inclusive ocupando o ministério que você hoje ocupa. Eu pessoalmente teria rompido com um governo estivesse enlameando o país”, destacou Pessoa ao lembrar do fisiologismo que “norteia o nosso sistema político partidário”. 

O próprio ministro respondeu: “Com todo respeito Gustavo, foi exatamente o que eu fiz! Não votei na presidente Dilma Rousseff (PR), mas meu partido apoiava o governo, fui líder, ajudei quando achava que determinada medida era correta.  Critiquei muito também, procurei ajudar enquanto pude e era possível. Só me arrependo de não ter rompido antes, talvez o estrago tivesse sido menor”.

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