No debate promovido pela TV Pajuçara entre os candidatos à Prefeitura de Maceió, Rui Palmeira (PSDB) e Cícero Almeida (PMDB), o tucano foi indagado - pelo jornalista Oscar de Melo - se tinha planos para se candidatar ao governo do Estado de Alagoas, em 2018, caso vencesse este pleito. 

A pergunta faz todo o sentido. Oscar de Melo foi muito feliz ao fazê-la. 

Rui Palmeira é apontado como o principal nome que faz oposição ao atual governador Renan Filho (PMDB). Como uma das lideranças tucanas, é apontado como possível comandante de um processo que tenha ainda o ex-governador Teotonio Vilela Filho (PSDB) como candidato ao Senado Federal. 

O próprio Vilela - em recente entrevista concedida ao CadaMinuto Press - reconheceu este cenário e apontou Rui Palmeira como possível candidato ao Executivo estadual. Vilela apenas lembrou que este é um cenário possível, mas o PSDB tem outros, o que pode incluir uma candidatura de Rogério Teófilo ao governo em 2018. 

Todavia, a preferência é pela candidatura de Rui Palmeira. É o tucano-mor do partido de Rui Palmeira que diz isto. 

Esta informação tem sido explorada por Cícero Almeida em seu guia para tentar convencer a população a não votar em Palmeira, já que daqui a dois anos - em caso de vitória - quem seria o prefeito seria o seu vice: Marcelo Palmeira (PP). 

Rui Palmeira foi confrontado como assunto pela primeira vez. “Meu projeto é vencer as eleições. Fizemos muito nos primeiros quatro anos e em um momento de dificuldade no país. Meu projeto é focar nas propostas”, frisou. Rui Palmeira citou o programa Nova Maceió e De Frente Para a Lagoa, que são os carros-chefes de sua campanha. 

O tucano não negou veementemente que pode ser candidato em 2018, mas afirmou que não pensa nisto. “Eu pretendo ser eleito e continuar trabalhando como prefeito de Maceió”. Palmeira também ironizou o fato de Cícero Almeida insinuar sua futura candidatura: “Ele diz que fez tudo e que tomar conta da minha consciência”. 

Ao comentar a resposta de Rui Palmeira, Almeida lembrou que tinha condições de ser candidato ao governo em 2010, mas optou por não ser. É uma “meia-verdade”. As circunstâncias na época tiraram Almeida da disputa. Tanto que foi isto que abriu uma “ferida” na relação entre Cícero Almeida e o senador Benedito de Lira (PP). Isto foi o início de um processo que levou Almeida para fora do partido de Lira. 

Estou no twitter: @lulavilar