Como o pau que dá em Chico, dá em Francisco também, comento aqui sobre a coletiva de imprensa da coligação do candidato à Prefeitura de Maceió, deputado federal Cícero Almeida (PMDB). É praticamente o mesmo comentário que fiz da coletiva da coligação tucana de Rui Palmeira (PSDB) feita no primeiro turno.
No primeiro turno, a coligação de Palmeira convocou coletiva - com toda pompa e circunstância - para denunciar a coligação adversária de usar comissionados na campanha e também de colocar material institucional do Governo do Estado no guia eleitoral de Cícero Almeida. Palmeira encontrou uma forma de tentar atingir Almeida e o governador Renan Filho (PMDB).
Mas, a coletiva foi conduzida pelo coordenador da campanha tucana Ricardo Wanderley. Rui Palmeira não se fez presente e não deu nenhuma declaração sobre o assunto. Ou seja: solta a suposta “bomba”, mas se afasta dos efeitos que pode ocasionar o baixo nível da campanha. Classifico isto como covardia.
Não digo com isto que o mérito do que é denunciado não deve ser investigado e - em caso de culpabilidade comprovada - os responsáveis punidos. Claro que sim! Mas, diante da gravidade que a coligação denuncia, a principal pessoa da campanha deveria chamar a responsabilidade para si diante do que fala, ao invés de se esconder.
Agora, no segundo turno, quem faz a mesma coisa é a coligação de Almeida. A denúncia é grave e tem que ser investigada. Rui Palmeira - se comprovada a responsabilidade - punido dentro do que preconiza a lei. Afinal, se fala de contratações irregulares e condutas que mostram aversão à transparência por parte da gestão tucana. O que os advogados de Almeida falam é muito grave.
Mas, Cícero Almeida - assim como Rui Palmeira fez anteriormente - saiu do foco da “bomba”. Considero também covardia. Assim como o tucano, o peemedebista deveria assumir a responsabilidade pela acusação e todos os riscos políticos inerentes a ela. Tanto lá no primeiro turno, quanto agora, o que se tem é uma estratégia político-eleitoreira. Algo lamentável diante de denúncias tão graves, pois - mesmo que contenham verdades, tanto na primeira coletiva quanto na segunda - acabam apenas sendo um “fato político” e depois esquecido no rio do tempo...
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