Está sendo ressaltada a vinda do senador Aécio Neves (PSDB) - que foi candidato a presidente em 2014 - para prestar apoio a campanha de  Rui Palmeira (PSDB). O que Aécio Neves traz para a ajudar Palmeira? A resposta é óbvia: absolutamente nada. 

Neves chegou a sair da eleição de 2014 com um capital político, colocando-se como um nome de oposição Partido dos Trabalhadores, após uma eleição acirrada. No entanto, sua própria entrevista ao O Globo, quando rejeitou os votos de uma parcela da direita ao dizer que não adianta jogar ele “para a direita que não iria” foi o início de uma série de afirmações dos líderes do “ninho tucano” que apagaram Aécio Neves. 

O PSDB voltou a estratégia das tesouras, mantendo o debate político brasileiro em um lado só: do centro-esquerda para a esquerda.

Além disso, vieram as vezes em que Aécio Neves foi citado em investigações da Operação Lava Jato, o que gerou um desgaste da sua imagem, ainda mais quando há todo um trabalho de determinados setores de mídia ligados à esquerda mais radical, e tratam o PSDB como se um partido de direita fosse. Não é!

Ora, Aécio Neves - em função de tudo isto que aqui descrevo - chegou a ser expulso de manifestações populares do Fora Dilma. 

Se em Alagoas, a campanha de Rui Palmeira (PSDB) vai bem como demonstram as pesquisas - a mais recente mostra o tucano de Maceió liderando e chegando a mais de 64% dos votos válidos - que necessidade tem de andar com Aécio Neves a “tira-colo”? Aécio não tem nada a ajudar. Pode ser que ajude a criar factoides. 

Então, não é Aécio Neves que vem ajudar Rui Palmeira, mas sim Rui Palmeira - e uma série de outros candidatos a prefeituras - que vão servir de palanque para que Neves inicie uma caminhada que o estruture para 2018, já que outras alas do PSDB também começam a ganhar força com a vitória de João Dória em São Paulo. O prefeito eleito foi apoiado por Geraldo Alckmim (PSDB). 

É por isto que Neves passa por Maceió, mas também vai a Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Espírito Santo. O que Aécio ajuda? Repito: em nada. Agora, a passagem por Maceió é só uma etapa da luta interna tucana diante do fortalecimento de Alckmim. Aécio Neves quer tirar uma "casquinha" de cada candidato tucano que conseguir sucesso.

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