Durante uma fiscalização e monitoramento nas áreas de Proteção Ambiental (APAs) de Murici e Pratagy realizada nesta terça-feira (04), técnicos do Instituto do Meio Ambiente de Alagoas (IMA) encontraram quatro focos de queimadas com base nos dados fornecidos pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).

Desde o mês de setembro, o monitoramento de focos de queimada tem sido intensificado pelo órgão ambiental. A ação acontece devido aumento de incidência em período de safra da cana de açúcar, que coincide com a época de diminuição das chuvas em Alagoas.

O monitoramento conta com o apoio do INPE que fornece os dados colhidos via satélite, identificando os pontos onde há ocorrência de focos de queimadas. Segundo a assessora da APA de Pratagy, Heloisa Oliveira, serão verificados dois locais em Messias e outros dois em Joaquim Gomes, situado na APA de Murici.

Epitácio Correia, gerente de Fauna, Flora e Unidades de Conservação do IMA, afirma que através do monitoramento é possível verificar o total de área queimada, e qual tipo de vegetação atingida. “No local as assessoras poderão identificar os responsáveis, aplicar as medidas legais para a infração, ocasionando multa em caso de flagrante”, explica.

Segundo Esdras Andrade, geógrafo e gerente de Geoprocessamento do IMA, conforme a lei nº 7454 de 2003, a Queima Controlada deve ser autorizadas pelo órgão ambiental. “Nós emitimos uma autorização prévia para que sejam realizadas as queimadas de forma regular. É necessário que a atividade atenda às condicionantes impostas na legislação”, afirmou.

Para receber autorização de Queima Controlada, usineiros e proprietários rurais devem se dirigir ao IMA com o relatório da programação para análise técnica. Áreas que estiverem com pendências de pagamento da safra anterior, precisam ter suas dívidas sanadas para que possam receber a autorização de queima no próximo período.

Além do auxilio feito pelo INPE, o IMA ainda conta com apoio do Sistema de Georreferenciado de Monitoramento de Ocorrências na Rede Elétrica, da Eletrobras, e da população através de denúncias.

 

*com Ascom IMA/AL