O presidente do Congresso Nacional, senador Renan Calheiros (PMDB), é a capa da revista Veja desta semana, que já se encontra nas bancas. Mais um delator da Operação Lava-Jato - apontado como sendo um dos distribuidores de propinas decorrentes de contratos da Transpreto para a cúpula do PMDB - afirmou que entregou dinheiro a Calheiros. 

Trata-se de Felipe Parente, que é advogado e empresário. Ele fechou o acordo de colaboração e, em suas falas, ainda cita que entregou propina a Jader Barbalho, por meio de uma assessora de confiança do senador. 

Parente trabalhava para Sérgio Machado, que presidiu a Transpreto. Machado chegou a gravar conversas com Renan Calheiros e com o senador Romero Jucá, além do ex-presidente José Sarney (PMDB). Uma destas gravações rendeu a queda de Jucá no governo federal quando era ministro do presidente Michel Temer (PMDB). 

Machado - que também tem colaborado com as investigações - aponta que Renan Calheiros teria recebido subornos que chegam a somar R$ 32 milhões. Os recursos foram pagos entre 2004 e 2014. Sérgio Machado esteve no comando da Transporto por mais de uma década e era indicação do PMDB do Senado Federal. 

Parente é conhecido como o “homem da mala”, por levar as propinas. 

Em entrevista à Veja, Renan Calheiros disse que a possibilidade de acharem impropriedades em suas contas eleitorais e pessoais “é zero”.  

No caso, Felipe Parente praticamente confirma declarações já dadas por Sérgio Machado. O advogado e empresário apenas tem detalhado, mostrando os hotéis onde ficava, onde os encontros eram marcados, e outras informações que os investigadores agora buscam confirmar. 

A delação de Felipe Parente contém cinco anexos que compõem a lista do que o delator pretende detalhar.

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