O atentado de Itumbiara, o sangue inocente e a desonestidade desarmamentista

30/09/2016 16:34 - Bene Barbosa
Por redação
Image

Sabem qual o maior desejo daqueles que advogam pelo legítimo direito à posse e ao porte de armas? Que nenhum inocente seja vítima do uso criminal dessas armas. Nosso maior sonho, nossa utopia de estimação, é que as armas sejam sempre usadas de forma defensiva, única e exclusivamente utilizadas pelos mocinhos da história.

Do outro lado, daqueles que pregam o desarmamento, mesmo que inconscientemente, há uma torcida para que inocentes morram, há júbilo quando alguém armado faz o mal e mata. A utopia destes é que as armas estejam tão e somente nas mãos do Estado. Utopia perigosa e que na história deixou o rastro de sangue e milhões de mortos na Alemanha nazista, na Rússia comunista, em Cuba, no Camboja e em vários outros países.

Não tardou para que o atentado ocorrido em Itumbiara fosse usado pelas hostes dos desonestos intelectuais. Destaque para postagem feita por Daniel Cerqueira, um pesquisador do IPEA. A desonestidade foi escancarada em uma excelente postagem do amigo Rodrigo Constantino em seu blog e pode ser lida aqui.

Para quem não conhece, Michael Moore, esquerdista americano, é uma das principais vozes em favor da restrição de armas nos EUA e ficou conhecido no Brasil pelo “documentário” traduzido no Brasil como “Tiros em Columbine”, uma verdadeira obra de ficção, que antes de ser um filme antiarmas e muito mais um filme antiamericano. Mesmo ele, ao se deparar com o ataque às Torres Gêmeas por terroristas islâmicos, teve um arroubo de honestidade intelectual e desabafou em seu blog:

"Isto começou como um documentário sobre a violência com armas na América, mas o maior assassinato em massa de nossa história acabou de ser cometido - sem o uso de uma única arma! Nem um único projétil disparado! Nenhuma bomba foi explodida, nenhum míssil disparado, nenhuma arma (ou seja, um dispositivo fabricado especificamente e com o propósito único de matar humanos) foi usada. Um estilete! - Eu não consigo parar de pensar nisso. Mil leis de controle de armas não teriam prevenido esse massacre. O que estou fazendo?"

Moore, um ideólogo desarmamentista dos mais ferrenhos foi honesto o suficiente para assumir que aqueles que desejam e premeditam homicídios não são impedidos por leis restritivas.

O Jornal Opção – aliás, um jornal diferenciado - desmentiu vários outros veículos e estampou a matéria: “Polícia diz que autor de atentado não era atirador profissional e arma era clandestina” e além disso, o carro que o assassino usou tinha placas frias, o que indica a premeditação do ato insano. A arma, ilegal, era em calibre .40, portanto, de calibre restrito.

Ao apelar para um caso trágico e impossível de impedir, Daniel Cerqueira, que por ser um dos mais renomados pesquisadores do país, assume que lhe faltam argumentos lógicos e numéricos para embasar sua ideologia. Mais do que isso, tentou sensibilizar o público... Foi um tiro no pé, basta que se veja a quantidade de comentários e o teor do mesmo em sua página, inclusive deste modesto escriba que no momento tem 5 vezes mais curtidas que a postagem original.

P.S.: No momento do fechamento deste artigo, o pesquisador afirmou que o Facebook apagou a sua postagem e ele precisou refazê-la. Será?  https://www.facebook.com/daniel.cerqueira.58323

Comentários

Os comentários são de inteira responsabilidade dos autores, não representando em qualquer instância a opinião do Cada Minuto ou de seus colaboradores. Para maiores informações, leia nossa política de privacidade.

Carregando..