Durante uma indagação do candidato Fernando do Village (PMN) - no debate entre os que postulam o cargo de prefeito de Maceió, pela TV Mar - o deputado federal e também candidato Cícero Almeida (PMDB) foi interpelado por conta do processo oriundo da Operação Taturana. 

A Taturana foi uma ação da Polícia Federal que indiciou 16 deputados estaduais por envolvimento em um suposto esquema de desvio de recursos da Assembleia Legislativa do Estado de Alagoas na ordem de R$ 300 milhões. Almeida está entre os réus e já houve uma condenação. 

O processo deve ser apreciado pelo Tribunal de Justiça do Estado de Alagoas nesta semana e pode complicar a vida de Almeida, segundo os especialistas em Direito Eleitoral. 

Ao tocar no assunto, durante o debate, Almeida alegou sua inocência e culpou - ainda que sem citar nomes - o deputado estadual Chico Tenório (PMN) pelo problema. Para quem não lembra, Almeida fez referência a história do empréstimo que gerou seu indiciamento. Em depoimento à Polícia Federal, o peemedebista chegou a afirmar que, em 2003, quando era deputado estadual, teria realizado um empréstimo para beneficiar o também deputado Francisco Tenório (PMN), tendo como avalista a Assembléia Legislativa. 

O empréstimo, de R$ 120 mil, teria sido feito a pedido do então presidente da ALE, Celso Luiz. Almeida citou Chico Tenório para lembrar que o parlamentar era do mesmo partido do qual faz parte Fernando do Village. Como Almeida não citou nome, o próprio Fernando destacou: “você fala do deputado Chico Tenório, mas não teve coragem de citar o nome. Ele nunca respondeu por corrupção nesse Estado”. 

Por sinal, Almeida se colocou como “perseguido pelas oligarquias políticas alagoanas” em diversos momentos. Inclusive, quando disse que sua administração municipal foi prejudicada pelo governo de Teotonio Vilela Filho (PSDB). Na época em que Almeida foi prefeito, Vilela foi governador. Entretanto, vale ressaltar que na candidatura à reeleição de Vilela, no ano de 2010, o tucano contou com o apoio de Cícero Almeida.

 Almeida citou as dificuldades do passado com Vilela para frisar que “agora tinha governador parceiro e amigo”. Uma referência direta ao governador Renan Filho (PMDB), que tem se envolvido em sua campanha. 

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